Vinte e duas cidades portuguesas vão juntar-se a uma iniciativa global de defesa dos direitos humanos, iluminando um edifício público ou um monumento histórico, demonstrando a sua oposição à pena de morte e declarando-se a favor da vida
Vinte e duas cidades portuguesas vão juntar-se a uma iniciativa global de defesa dos direitos humanos, iluminando um edifício público ou um monumento histórico, demonstrando a sua oposição à pena de morte e declarando-se a favor da vidaO Dia Internacional Cidades Pela Vida – Cidades Contra a Pena de Morte comemora-se este domingo, 30 de novembro. a data celebra-se no aniversário da primeira abolição da pena de morte, que ocorreu no Grão-Ducado da Toscana (Itália), em 1786. Desde 2002, cerca de 2000 cidades de vários países já se associaram a esta celebração. as cidades que aderem a esta iniciativa de defesa dos direitos humanos são desafiadas a iluminar um edifício público ou um monumento histórico, evidenciando a sua oposição à pena capital e manifestando-se a favor da vida.
Em parceria com a amnistia Internacional Portugal e a Comunidade de Santo Egídio, a Câmara Municipal de Lisboa vai iluminar um dos mais icónicos monumentos públicos na capital, o arco da Rua augusta, a partir das 19h00. Em Portugal, além de Lisboa, outras cidades vão participar: Barcelos, Câmara de Lobos, Carrega do Sal, Cascais, Coimbra, Coruche, Elvas, Esposende, Góis, Gouveia, Lagoa, Lajes do Pico, Moimenta da Beira, Montemor-o-Novo, Odivelas, Ourém, Sintra, Tomar, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Gaia e Vila Real.
Na cerimónia deste domingo, no arco da Rua augusta, estarão presentes João afonso, vereador dos Direitos Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, Joana Dias, representante da Comunidade de Santo Egídio em Portugal, e Victor Nogueira, presidente da direção da amnistia Internacional Portugal.
No âmbito das comemorações, a Comunidade de Santo Egídio vai ainda realizar um seminário dedicado à pena de morte, contando com o testemunho presencial de um ex-prisioneiro que esteve num corredor da morte nos Estados Unidos da américa. a iniciativa está agendada para a próxima segunda-feira, 1 de dezembro, pelas 18h00, no anfiteatro 5 da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Já a amnistia Internacional (aI) Portugal dedica a data ao caso do jovem Moses akatugba, da Nigéria, condenado em 2013 à pena de morte, após oito anos detido sem julgamento. Num comunicado da aI lê-se que o Dia Internacional Cidades Pela Vida – Cidades Contra a Pena de Morte é uma ocasião para despertar consciências e envolver todas as instituições na procura de um sistema judicial que não incite à morte e respeite a vida, em nome dos direitos humanos.