Enviado do Vaticano às Nações Unidas deixa transparecer preocupação no seu discurso à assembleia-geral das Nações Unidas. O número de armas no mundo está em aumento e ainda não há legislação internacional apropriada.
Enviado do Vaticano às Nações Unidas deixa transparecer preocupação no seu discurso à assembleia-geral das Nações Unidas. O número de armas no mundo está em aumento e ainda não há legislação internacional apropriada. É desanimador que os princípios e progressos do desarmamento estejam a diminuir devido à indecisão de alguns e à falta de vontade de outros quando se trata de aderir publicamente. O Vaticano reafirma a importância do controle sobre as armas e do desarmamento.
O arcebispo Celestino Migliore, observador do Vaticano nas Nações Unidas (ONU), afirmou ao Osservatore Romano que tais acções constituem os principais pilares da arquitectura da paz. Num discurso à assembleia-geral da ONU sobre desarmamento, o enviado do Vaticano enunciou os principais falhanços da comunidade internacional no que respeita a desarmamento.
a comissão pretendia fazer progresso nas negociações de modo a incluir um documento sobre este tema, agora que se celebram os 60 anos da ONU. O secretário-geral considerou a inexistência de tal documento uma desgraça.
Para o monsenhor Migliore, a omissão não é por falta de interesse, de facto, muitos governos mostraram uma grande preocupação por este tema. No entanto, há tanta pressão no ONU que os interesses mais legítimos, especialmente os dos mais vulneráveis, muitas vezes passam para segundo plano.
Em nome do Vaticano, o prelado disse que as armas nucleares estão a tornar-se uma característica permanente de algumas doutrinas militares, ao mesmo tempo que houve um aumento dramático no investimento militar nos últimos dois anos.
Monsenhor Migliore está preocupado com as estatísticas: a venda de armas conjunta dos principais 100 fabricantes aumentou 25 por cento num ano. além disso, as armas ligeiras matam mais de meio milhão de pessoas por ano, e a conferência da ONU ainda não produziu legislação sobre a proliferação de tais armas.
a intervenção do monsenhor terminou com um apelo aos membros da ONU para que trabalhem nos aspectos técnicos, legais e políticos das armas, ao mesmo tempo que trabalham para erradicar as armas ligeiras ao nível nacional e global, com a ajuda da sociedade civil.