Cerca de 70 por cento das vítimas do tráfico humano são do sexo feminino, aponta a agência das Nações Unidas sobre Drogas e Crime
Cerca de 70 por cento das vítimas do tráfico humano são do sexo feminino, aponta a agência das Nações Unidas sobre Drogas e CrimeRaparigas e mulheres constituem 70 por cento das vítimas do tráfico humano, de acordo com a agência das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês). Em cada três vítimas menores de tráfico humano, duas são do sexo feminino. O Relatório Global sobre o Tráfico de Pessoas 2014, publicado segunda-feira, 24 de novembro, em Genebra (Suíça), indica que os menores chegama sermais de seis em cada dez vítimas de tráfico humano em África e no Médio Oriente.
Os últimos anos foram marcados pela subida do trabalho forçado, com as mulheres a constituir cerca de 35 por cento das vítimas. O relatório aponta como destino as áreas da indústria,da construção, do trabalho doméstico e da produção de têxteis. Os Estados da África Subsaariana acumulam os maioresíndicesdo tráfico de criançaspara conflitosarmados, e destacam-se pelo tráfico que ocorre dentro das suasfronteiras.
Já na Europa e na Ásia Central as vítimas são em grande parte destinadas à exploração sexual. NoLesteasiático e no Pacífico, o trabalho forçado estimula o mercado, enquanto nas américas, foramdetetados os dois tipos quase na mesma proporção.
YuryFedotov, diretor executivo doUNODC citado pela Rádio ONU, frisa que os dados oficiais fornecidos pelas autoridades nacionais à agência representam apenas o que foidetetado, ao defender que estámuito claro que a escala de escravidão moderna é muitopior.
Cerca de 72 por cento dos traficantes condenados são do sexo masculino e cidadãos do país em que operam. Contudo o relatório aponta que a impunidade continua a ser um problema grave com 40 por cento das nações a registar poucas ounenhumas condenações.