a ajuda pública portuguesa ao desenvolvimento diminuiu. Relatório europeu indica que Portugal, em 2013, «apenas disponibilizou 0,23 por cento» do seu Rendimento Nacional Bruto
a ajuda pública portuguesa ao desenvolvimento diminuiu. Relatório europeu indica que Portugal, em 2013, «apenas disponibilizou 0,23 por cento» do seu Rendimento Nacional BrutoPortugal não vai cumprir os compromissos em matéria de ajuda ao desenvolvimento, indica o nono Relatório da Confederação Europeia de Organizações Não Governamentais de ajuda Humanitária e Desenvolvimento (CONCORD), intitulado aidwatch 2014. O documento foi apresentado na sede da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), em Paris (França), esta quarta-feira, 19 de novembro.
O relatório revela que a ajuda Pública ao Desenvolvimento (aPD) portuguesa decresceu 20,4 por cento em 2013. além deste decréscimo, a ajuda sob a forma de empréstimos condicionados à aquisição de bens e serviços do país doador continua a representar mais de 70 por cento da ajuda bilateral nacional, um valor que para a Plataforma Portuguesa das Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD) é verdadeiramente preocupante.
Isto significa que o dinheiro que estaria destinado a contribuir para a erradicação da pobreza nos países parceiros não chega às mãos dos que mais dele necessitam e serve para dinamizar a economia portuguesa, frisa Pedro Krupenski, presidente da plataforma nacional. a captação de investimento estrangeiro e a internacionalização da economia portuguesa são imperativos nacionais mas não à custa da ajuda pública ao desenvolvimento, afirma o responsável, citado pela agência Ecclesia.
Segundo o documento, no último ano, Portugal apenas disponibilizou 0,23 por cento do seu Rendimento Nacional Bruto para ajuda ao desenvolvimento, ou seja, 364 milhões de euros, apesar dos compromissos assumidos internacionalmente e renovados no novo Conceito Estratégico para a Cooperação de março de 2014, aponta a ONGD.
Do relatório aidwatch 2014, a plataforma portuguesa assinala também que a aPD europeia cresceu em 2013, mas não o suficiente para os desafios globais porque são ainda muitos os países da União Europeia que estão a implementar cortes orçamentais que vão ter reflexos no futuro das políticas de desenvolvimento.