Para acabar com falta de acesso a instalações sanitárias seguras em todo o mundo, «é preciso uma parceria global», destaca o secretário-geral da ONU
Para acabar com falta de acesso a instalações sanitárias seguras em todo o mundo, «é preciso uma parceria global», destaca o secretário-geral da ONUO Dia Mundial das Instalações Sanitárias é comemorado esta quarta-feira, 19 de novembro. Numa mensagem para assinalar a data, Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), alertou para o facto de uma em cada três mulheres não terem acesso a instalações sanitárias seguras. Consequentemente, estas enfrentam doenças, vergonha e potencial violência quando procuram um lugar seguro para defecação.
Para o responsável, é um imperativo moral acabar com o fecalismo a céu aberto e garantir que mulheres e raparigas não estejam em risco de ataque ou violação simplesmente porque não têm instalação sanitária. Segundo Ki-moon, para abordar o desafio do saneamento, é preciso uma parceria global. Também numa mensagem para assinalar a efeméride, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) indica que o avanço lento em saneamento e a prática de fecalismo a céu aberto continua a colocar crianças e comunidades em risco.
De acordo com a agência das Nações Unidas, cerca de 2,5 mil milhões de pessoas não têm instalações sanitárias adequadas, incluindo 1 mil milhão que praticam o fecalismo a céu aberto. Dados da UNICEF mostram que no último ano, mais de 340 mil crianças com menos de cinco anos morreram de diarreia, provocada por falta de água limpa, saneamento e higiene básica.
Em todo o mundo, o acesso ao saneamento melhorou para 1,9 mil milhões de pessoas desde 1990. Contudo, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, o avanço não acompanhou o crescimento da população. Nesse sentido, a UNICEF considera que é pouco provável que o Objetivo de Desenvolvimento do Milénio sobre saneamento seja alcançado até 2015.