a Conferência Internacional sobre Nutrição vai reunir em Roma as delegações de mais de 100 países. O objetivo é adotar uma declaração que visa a promoção de políticas em prol da nutrição adequada
a Conferência Internacional sobre Nutrição vai reunir em Roma as delegações de mais de 100 países. O objetivo é adotar uma declaração que visa a promoção de políticas em prol da nutrição adequada Os pré-encontros da segunda Conferência Internacional sobre Nutrição arrancam esta segunda-feira, 17 de novembro, com reuniões de representantes da sociedade civil e do setor privado. a iniciativa vai decorrer na cidade de Roma, em Itália, e é organizada pela Organização das Nações Unidas para alimentação e agricultura (FaO). José Graziano da Silva, diretor da FaO, irá discursar na abertura do evento, na próxima quarta-feira, 19. O encontro prosseguirá até sexta-feira, 21.
as delegações de mais de 100 países participantes vão ainda escutar as declarações de Margaret Chan, diretora da Organização Mundial da Saúde, do Papa Francisco e da rainha Letizia da Espanha. Em Roma, os países deverão adotar uma declaração onde se comprometem a promover políticas em prol da nutrição adequada em todos os estágios da vida e medidas que consciencializem o consumidor sobre o assunto.
Em declarações à Rádio ONU, Hélder Muteia, representante da FaO em Portugal, falou sobre a importância de combater os dois extremos da nutrição inadequada. Não adianta que os alimentos estejam disponíveis, mas é importante que do ponto de vista da sua utilização, haja uma abordagem mais racional. E cada vez mais, vemos os dois extremos. Por um lado o excesso do consumo, que origina a obesidade e outros problemas, e do outro lado vemos pessoas que passam fome. E a FaO e a Organização Mundial da Saúde estão interessadas em que este assunto avance de forma sustentável, explicou.
O combate à desnutrição é uma prioridade da agência das Nações Unidas. O problema afeta 161 milhões de crianças até os cinco anos de idade, enquanto a fome aguda atinge 51 milhões de menores na mesma faixa etária. Só no último ano, a desnutrição foi a principal causa de morte entre 45 por cento das crianças de até cinco anos, indicam dados da FaO. No mundo, mais de 2 bilhões de pessoas sofrem pela deficiência de nutrientes importantes, como vitamina a, iodo, ferro e zinco.