Tal como a vítima do holocausto era queimada pelo fogo, do mesmo modo o beato allamano pedia aos seus missionários que fossem pessoas de fogo, isto é, que «ardessem por dentro». a condição para ser missionário ” dizia ” é ter esse fogo interior
Tal como a vítima do holocausto era queimada pelo fogo, do mesmo modo o beato allamano pedia aos seus missionários que fossem pessoas de fogo, isto é, que «ardessem por dentro». a condição para ser missionário ” dizia ” é ter esse fogo interiorNo Congresso sobre a obra e vida do beato José allamano, a decorrer em Fátima, de 14 a 16 de novembro, a primeira intervenção de fundo foi feita pelos dois missionários da Consolata, João Coelho Baptista e adelino da Conceição Francisco, sobre o tema: O martírio no beato José allamano e nos seus missionários. O fundador dos missionários da Consolata inculcava aos seus missionários o conceito de holocausto. Partiam como vítimas oferecidas a Deus pelo bem das pessoas que iam evangelizar. Esta ideia foi desenvolvida na manhã deste dia 15 de novembro, primeiro na exposição daquilo que allamano teve que sofrer, sobretudo nos últimos anos da sua vida, que o levou a concluir que Deus além da coroa da virgindade queria dar-lhe a coroa o martírio. Depois, isso tornou-se evidente também nos seus missionários. Foi dito que o tema Missão e martírio, se é um tema da Igreja de todos os tempos, é-o de modo evidente na missão de hoje, também nas situações que os missionários têm que enfrentar. Eles e o povo que são chamados a servir. João Baptista Coelho fez ver que não foram só os missionários, mas também as pessoas que nem sempre eram respeitadas nos seus direitos. a epidemia da varíola que grassou em Moçambique no tempo da guerra colonial, e fez tantas vítimas, na zona norte onde o missionário trabalhava, foi um exemplo e a expressão dos sofrimentos e agruras pelas quais as pessoas passavam. adelino Francisco fez uma leitura da espiritualidade que o moveu quando ele e mais cinco missionários e missionárias da Consolata foram raptados no dia 13 de Setembro de 1982 na zona de Inhambane, Moçambique, durante alguns meses. Sem esconder o medo por que passaram e a falta de alimentos e de água, o missionário realçou as coisas boas que viveram, o respeito com que foram tratados, a alegria que os da guerrilha sentiam quando podiam dar aos missionários algo de que precisavam. Eles que pouco puderam levar na travessia da floresta, até esse pouco acabaram por deixar, à despedida, porque viam que as pessoas que acompanhavam os guerrilheiros ainda precisavam mais do que eles. E as lágrimas que derramaram quando foram libertados evidenciaram o ambiente que eles viveram. afinal os beneficiados foram os que raptaram. Mostrou que Deus tem os seus planos e no desígnio sobre as pessoas, vai-lhes dando olhos para verem as coisas com os olhos de Deus. Tal como os dois missionários procuraram fazer.