as dificuldades atuais das famílias, o reforço da identidade cristã e a questão da abertura da Igreja aos divorciados recasados estarão em foco na assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa que decorre em Fátima
as dificuldades atuais das famílias, o reforço da identidade cristã e a questão da abertura da Igreja aos divorciados recasados estarão em foco na assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa que decorre em Fátima Seguindo o apelo à reflexão sobre a família, lançado pelo Papa Francisco com a realização de um sínodo extraordinário, os bispos portugueses vão aproveitar a 185a assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) para debater várias questões, como a do reconhecimento da situação atual das famílias, do reforço da família cristã e da relação dos divorciados recasados com os sacramentos. Se, por um lado, as dificuldades económicas e até a indefinição cultural atingem hoje as famílias, fragilizando a sua constituição e manutenção, por outro, elas revelam-se em muitos casos como único sustentáculo de tantas existências e subsistências pessoas que não encontram outro ponto de apoio material e afetivo. Tudo somado, creio que, apesar de tanta indefinição, cultural e até legal, a seu respeito, a família evidencia-se com uma inegável força intrínseca que só espera o reconhecimento público equivalente, para poder render a cem por um’ e em benefício de todos, afirmou o presidente da CEP, esta segunda-feira, 10 de novembro, na sessão de abertura do encontro. Em relação aos divorciados recasados, em particular a sua relação com os sacramentos, Manuel Clemente reforçou a disponibilidade da CEP para o reconhecimento do lugar, que sendo batizados, estes cristãos continuam a ter na Igreja e no acompanhamento que merecem. O patriarca de Lisboa recordou, a este propósito, a nota pastoral publicada em abril do ano passado, onde era dito que se é verdade que a Igreja nunca deixará de proclamar a indissolubilidade do casamento [] tal não pode significar insensibilidade ou indiferenças perante o sofrimento de quem experimentou um fracasso matrimonial. Nesta assembleia, que decorre até quinta-feira, dia 13, o ano da Vida Consagrada, que se inicia este mês por iniciativa do Sumo Pontífice, será outro dos temas em foco. a Igreja reconhece e agradece aos consagrados a continuação nas suas vidas dos respetivos carismas fundacionais, que tanto assinalam, cada um a seu modo, a fecundidade do Espírito para bem da Igreja e serviço do mundo. Por isso mesmo, os bispos reconhecem os consagrados das suas dioceses como igualmente seus’, pois que cada Igreja particular ou local se deve tomar como localização’ da Igreja universal, na variedade carismática com que o Espírito a enriquece, para bem de todos, adiantou Manuel Clemente.