a desigualdade é um dos principais desafios do nosso tempo. Nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, a metade mais pobre da população controla menos de 10 por cento da riqueza. Este é um desafio universal que todo o mundo deve enfrentar.
a desigualdade é um dos principais desafios do nosso tempo. Nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, a metade mais pobre da população controla menos de 10 por cento da riqueza. Este é um desafio universal que todo o mundo deve enfrentar. O relatório Panorama sobre a agenda Global demonstra as maiores tendências de desigualdades para 2015, segundo um questionário realizado a 1. 800 especialistas do World Economic Forum que concluem que apenas 0,7 por cento da população mundial controla 41por cento de toda a riqueza, como refere o documento.
No topo da lista está a desigualdade e o desemprego, ou seja, representam uma visão mais pessimista em comparação com os anos anteriores. O problema centra-se essencialmente nos salários estagnados que contribuem para um ciclo vicioso de desigualdades, além de as ofertas de emprego serem cada vez mais escassas.
Embora seja verdade que em todo o mundo o crescimento económico é uma realidade, há profundos desafios que permanecem, incluindo a pobreza, a degradação ambiental, o desemprego persistente, a instabilidade política, violência e conflito. Estes problemas refletidos em muitas partes do relatório são relacionados com a desigualdade.

De acordo com o Pew Global attitudes Inquérito 2014, nas sete nações da África Subsariana mais de 90 por cento dos entrevistados consideram o fosso entre ricos e pobres como um grande problema; nos Estados Unidos, cerca de 80 por centoconcluem o mesmo.
Os líderes políticos devem compartilhar cada vez mais essas preocupações. Países como o Ruanda, o Brasil e o México, já estão no bom caminho pois os acessos aos recursos estão sendo compartilhados de forma mais uniforme e eficaz.
Mas para fazer isso em uma escala maior tal exigirá instituições nacionais mais fortes em muitos países, os recursos adequados, a liderança mais ágil e uma melhor tomada de decisões. alguns países fizeram progressos no tratamento das causas estruturais das desigualdades através de uma série de políticas baseadas nos direitos, como iniciativas legais e programas, que têm mantido no lugar com o tempo.

as pessoas sabem do que precisamos: economias inclusivas em que homens e mulheres tenham acesso a um trabalho digno, serviços financeiros, infraestruturais e de proteção social, bem como uma sociedade onde todas as pessoas possam contribuir e participar na governação global, nacional e local. Parece uma utopia, mas não devemos perder a esperança em que tal venha a ser possível, basta os Governos tomarem consciência de que é benéfico para todos.
No nosso país há um trabalho gigantesco a fazer e que tarda em ser realizado: a criação de políticas eficazes no incremento da criação de riqueza de molde a combater o desemprego, a praga que atinge os países mais vulneráveis, como no caso português.
É necessário uma maior consciencialização, por parte dos Governantes, de que as pessoas não são números, mas seres humanos que devem ser respeitados.

Também em Portugal, e tendo em conta o que se conhece em relação às previsões para 2015, caso do Orçamento de Estado para o novo ano, as notícias não são animadoras. Contas feitas e explicadas por economistas e analistas independentes, indicam que haverá um maior sufoco financeiro para os mais desfavorecidos, o mesmo é dizer que a desigualdade continuará a aumentar.
Era necessário que os responsáveis deste país explicassem às pessoas o porquê de tanta austeridade para uns e a manutenção, ou mesmo o aumento, dos rendimentos para outros. a justiça social é um valor que nunca deve ser esquecido, especialmente por aqueles que têm a obrigação de a pôr em prática, foi exatamente para isso que as pessoas lhe concederam o seu voto. O problema não é da política, é antes da falta da boa prática daqueles que a exercem.