« a experiência da morte e do respeito e culto pelos mortos» está a perder-se com a entrega dos idosos aos lares, considera antónio Vitalino, bispo de Beja
« a experiência da morte e do respeito e culto pelos mortos» está a perder-se com a entrega dos idosos aos lares, considera antónio Vitalino, bispo de BejaNa sua última nota pastoral, antónio Vitalino, bispo de Beja, recorda que o mês de novembro, que inicia este sábado, é dedicado aos finados e lembra as romagens aos cemitérios. Segundo o prelado, nos últimos anos, tem-se dado uma profunda alteração da nossa relação com o sofrimento e a morte.
Os idosos entregam-se aos lares, os doentes e moribundos aos hospitais e lares de cuidados continuados e os mortos são entregues às agências funerárias, aos sanatórios ou cemitérios em lugares retirados do normal convívio da sociedade. a pouco e pouco vamos perdendo a experiência da morte e do respeito e culto pelos mortos, o que vai provocando uma mudança cultural, como se a morte biológica não fizesse parte do sentido da nossa existência, considera o bispo de Beja.
De acordo com o prelado, quando os falecidos eram velados nas casas onde viveram, a maior parte das vezes na grande família, as crianças começavam cedo a conviver com a fragilidade da vida, a doença e a dor, aprendendo a integrar a morte nas suas possibilidades de vida e de futuro.com o título, Mortos ou vivos?, a nota de antónio Vitalino foi divulgada no final desta semana.