O parlamento iraquiano iniciou uma investigação para apurar responsabilidades e punir os autores dos desvios de fundos que eram destinados às famílias de refugiados obrigadas a fugir dos «jihadistas» do Estado Islâmico
O parlamento iraquiano iniciou uma investigação para apurar responsabilidades e punir os autores dos desvios de fundos que eram destinados às famílias de refugiados obrigadas a fugir dos «jihadistas» do Estado Islâmico

Vários funcionários do ministério iraquiano responsável pela emigração e evacuação de refugiados estão a ser investigados pelo parlamento por suspeita de desvio de fundos que eram destinados a apoiar os deslocados, vítimas do grupo extremista Estado Islâmico. Os suspeitos terão forjado documentos falsos para ficarem com as ajudas aos refugiados. Segundo Salam al-Khafaji, vice-ministro do Iraque, cada família de deslocados devia receber um milhão de dinares iraquianos (cerca de 670 euros) para comprar bens de primeira necessidade, face à situação de emergência em que se encontravam. Porém, muitas não chegaram a receber o subsídio e outras foram confrontadas com pedidos de suborno pelos funcionários corruptos. Infelizmente, a corrupção no Iraque não é uma exceção, mas a regra, a todos os níveis, afirmou à agência Fides o arcebispo caldeu de Mosul, amel Shamon Nona, lamentando o roubo de recursos destinados a pessoas pobres que perderam tudo. Para o líder religioso, que se refugiou com os seus fiéis em ankawa, bairro de maioria cristã de Erbil, esta situação explica o porquê de, apesar dos anúncios, não ter chegado à sua comunidade qualquer tipo de ajuda concreta da parte do governo central.