Civis continuam a sofrer atrocidades e violações «dramáticas» de direitos humanos nas mãos do Estado Islâmico, alertaram as Nações Unidas. «alguns casos podem constituir crimes de guerra e crimes contra a humanidade»
Civis continuam a sofrer atrocidades e violações «dramáticas» de direitos humanos nas mãos do Estado Islâmico, alertaram as Nações Unidas. «alguns casos podem constituir crimes de guerra e crimes contra a humanidade»O secretário-geral adjunto para os Direitos Humanos, Ivan Simonovic, concluiu uma longa missão de uma semana no Iraque sublinhando que os civis continuam a sofrer atrocidades e violações dramáticas nas mãos do Estado Islâmico. O EI e grupos armados associados perpetraram violações generalizadas e sistemáticas dos direitos humanos internacionais e do direito humanitário internacional, que em alguns casos podem constituir crimes de guerra e crimes contra a humanidade, sublinhou Simonovic num comunicado divulgado pelo gabinete do alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (aCNUDH), depois de ter visitado a região do Curdistão. Simonovic disse que os grupos takfiri, ou que se intitulam como EI, estão a aterrorizar a população local, impondo-lhes medidas brutais com base na sua interpretação extremamente radical e injusta do Islão, especialmente para as minorias étnicas e religiosas, incluindo os cristãos, kaka’ee, shabaks, turcomanos, sabá mendeans, yezidis e outros. Entre as inúmeras vítimas, encontrei-me com uma menina de 12 anos, que escapou da escravidão sexual, um pai cujos quatro filhos foram assassinados porque se recusaram a se converter ao Islão e um menino que, apesar de ter sido atingido por seis balas, sobreviveu a uma execução em massa – inclusive do seu pai e irmãos, recordou o enviado especial.