as primas Filipa Santos e Tânia Paiva, de Cantanhede, vão partir para a Costa do Marfim, em missão de voluntariado. O surto do ébola preocupa as jovens e os seus familiares, mas a vontade de ajudar os outros faz atenuar os receios
as primas Filipa Santos e Tânia Paiva, de Cantanhede, vão partir para a Costa do Marfim, em missão de voluntariado. O surto do ébola preocupa as jovens e os seus familiares, mas a vontade de ajudar os outros faz atenuar os receiosO desejo de partir para longe para ajudar os outros e conhecer uma cultura diferente motivou as primas Filipa Santos e Tânia Paiva a trocar Portugal pela Costa do Marfim, por um mês e meio. Para realizaram este sonho missionário, as jovens de Cantanhede contactaram os Missionários da Consolata depois de lerem uma notícia sobre voluntariado jovem na Fátima Missionária.

Disponibilizei-me para o necessário. Vou num espírito de entrega, disse Filipa. a voluntária considera que esta experiência será o auge da fé, de partilha e de amor. Será um choque cultural e várias situações vão poder fazer-me chorar, nomeadamente, ao ver quais são os sofrimentos daqueles povos, explicou. Contudo, destaca que esta será uma ocasião de enriquecimento pessoal.

Por sua vez, Tânia deseja fazer missão porque tem a certeza que há imensas pessoas que precisam da ajuda de voluntários como ela. O sonho das duas primas será cumprido de 12 de outubro a 29 de novembro. Filipa, de 31 anos, é enfermeira e obteve licença sem vencimento para rumar a África. Tânia, de 26, é licenciada em animação Socioeducativa e rescindiu um contrato, prestes a terminar, no estabelecimento comercial onde trabalhava.

Gostaria de estar meio ano, mas não consegui licença sem vencimento para esse período. Teremos de aprender muita coisa nova em dois meses. Quando nos estivermos a habituar já estará na altura de regressar, lamenta Filipa. O curto tempo de missão também entristece Tânia. No entanto, a jovem tenciona fazer mais tarde outra experiência missionária por um período mais longo.

O surto do Ébola, que está a atingir alguns países africanos, preocupa as voluntárias, os seus familiares, amigos e colegas de trabalho. Os meus familiares estão assustados e os meus amigos pediram para ponderar e para refletir melhor, contou Tânia. as pessoas mais próximas de Filipa não escondem a preocupação que sentem. Sabem que há perigos e pedem para tomar cuidado, disse a enfermeira.

Para a profissional ligada à área da saúde, aceitar este desafio é um testemunho. Mesmo que morra, será por uma causa feliz, disse, emocionada. através desta opção pelos outros, Filipa espera chegar até ao coração de alguém e conseguir levar outros a fazer o mesmo.

apesar das preocupações com a alimentação, a higiene e a língua, Tânia Paiva acredita que está é a altura certa para ser missionária. Eu preciso. Sei que existem pessoas que precisam de mim, frisou. Estava a precisar de algo assim, de contactar com as pessoas, de caminhar com elas de me entregar à comunidade, disse. Será um período de tranquilidade e de paz, considera.