Três anos de negociações não foram suficientes para que os governos dos dois países chegassem a acordo quanto à linha de fronteira, no Golfo da Guiné. Processo segue para arbitragem jurídica internacional
Três anos de negociações não foram suficientes para que os governos dos dois países chegassem a acordo quanto à linha de fronteira, no Golfo da Guiné. Processo segue para arbitragem jurídica internacionalO governo do Gana solicitou a arbitragem jurídica internacional ao abrigo da Convenção das Nações Unidas sobre Direito Marítimo para tentar por fim a um processo de negociações com a Costa do Marfim, que se arrastou durante três anos e terminou sem consenso. Em causa está a disputa de uma zona marítima no Golfo da Guiné, onde existem importantes recursos petrolíferos que já estão a ser explorados por empresas estrangeiras. Pedimos que a fronteira marítima com a Costa do Marfim seja estabelecida finalmente, de modo equitativo e justo para ambas as partes, definitivamente e em termos juridicamente vinculativos, em conformidade com o direito internacional, declarou à imprensa local a porta-voz do governo ganês, Marietta Brew appiah-Oppong, sublinhando que o seu país pretende obter a confirmação de que não invadiu o espaço marítimo do país vizinho. O início da disputa remonta a 2007, quando o Gana descobriu reservas de petróleo e gás, na zona do Cabo Três Pontos. Mais tarde, as empresas petrolíferas estrangeiras localizaram novos blocos em frente à Costa do Marfim.como não havia uma fronteira marítima traçada formalmente, embora houvesse uma linha reconhecida e respeitada desde os anos de 1950, o governo marfinense reivindicou parte do território marítimo ganês e enviou um pedido formal às Nações Unidas.com o fracasso do diálogo bilateral nas sedes da União africana e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, a única solução que resta é a arbitragem internacional.