O governo tanzaniano tem planos para dar tratamento antiretroviral a pelo menos 44 mil pessoas com Sida, até ao final do corrente ano 2005.
O governo tanzaniano tem planos para dar tratamento antiretroviral a pelo menos 44 mil pessoas com Sida, até ao final do corrente ano 2005. Esta foi a promessa feita pelo presidente Benjamin Mkapa, admitindo que este número corresponde a apenas dez por cento daqueles que precisam de tratamento antiretroviral.
Falando no encontro gera da Igrejas Unidas Contra o VIH e a Sida no sul e oriente africano, a decorrer na capital da Tanzânia Dar es Salaam, o presidente advertiu que o acesso facilitado a este tipo de tratamento não deve encorajar uma atitude errada em relação ao sexo e à Sida. ao mesmo tempo fez um apelo aos clérigos e trabalhadores da igreja para declarar abertamente o seu estado de saúde, contribuindo assim para a redução da estigmatização de que são vítimas os infectados.
Uma causa da prevalência e aumento da infecção por HIV é o estigma social, que inibe os que possam querer revelar-se e que, numa lógica de justiça muito cruel, possam ser levados a uma promiscuidade sem limites, disse.
Para que a campanha contra o HIV/Sida poder ter sucesso a nível nacional, o governo, a sociedade civil, as igrejas e outros grupos precisam de juntar esforços para evitar a disseminação da doença, que actualmente afecta cerca de sete por cento da população.
Quem sofre de Sida não perde a sua humanidade nem o seu direito a ser amados só pelo facto de ter sido infectados, disse Mkapa.
E acrescentou: as igrejas podem circular esta mensagem de um modo convincente devido ao seu entendimento teológico. Não permitem que a compaixão se canse.
Louvou as igrejas por organizar instituições que cuidam dos que se encontram infectados. Estou profundamente agradecido que as igrejas sejam protagonistas dos cuidados dados pelas instituições, disse. Muitos orfanatos são construídos e mantidos pelas igrejas.