Centenas de acusados de genocídio no Ruanda, libertados sob decreto presidencial, começaram a fazer trabalho comunitário este 23 de Setembro, como parte da sua pena.
Centenas de acusados de genocídio no Ruanda, libertados sob decreto presidencial, começaram a fazer trabalho comunitário este 23 de Setembro, como parte da sua pena. Em vez de mantê-los na prisão, é muito mais produtivo pô-los a fazer trabalho comunitário, disse Emmanuel Twagirumukiza, um funcionário judicial, à imprensa local.
as autoridades ruandesas referem-se ao trabalho comunitário como trabalho de interesse geral. Envolve a construção de casas para sobreviventes do genocídio cujas casas foram destruídas ou queimadas.
O primeiro grupo a cumprir esta original pena foi constituído por mais de mil prisioneiros da província de Gitarama. Foram libertados depois de ter confessado a sua participação no genocídio.
O trabalho é parte da pena dada pelo sistema tradicional de justiça, chamado Gacaca, que foi introduzido para acelerar os julgamentos de milhares de prisioneiros suspeitos de genocídio. Os tribunais Gacaca sentenciaram e condenaram os antigos prisioneiros, muitos dos quais podiam não voltar à prisão por já terem servido metade das suas penas.
Twagirumukiza disse< que os prisioneiros vão servir o resto da sua sentença com trabalho comunitário. Os tribunais regulares do Ruanda julgam os cabecilhas que planearam o genocídio, e esses têm que cumprir as suas sentenças na totalidade em centros de detenção. No plano de trabalho comunitário os condenados vão plantar árvores, cultivar comidas para os seus colegas na prisão, construir casa para as pessoas mais vulneráveis, construir estradas e executar outras tarefas que o governo considere necessárias e de fomento ao desenvolvimento. a maior parte destes condenados inclui os assassinos, os que conspiraram nas mortes e os que são acusados de crimes contra a propriedade cometidos durante as matanças que ocorreram de abril a Junho de 1994, calcula-se que foram mortas 937 mil pessoas.