O povo do Iraque «precisa não somente de oração: a oração é importante, mas não basta; precisa de ajuda, precisa que a comunidade internacional assuma isso», disse o cardeal Veglií², presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes
O povo do Iraque «precisa não somente de oração: a oração é importante, mas não basta; precisa de ajuda, precisa que a comunidade internacional assuma isso», disse o cardeal Veglií², presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos MigrantesO cardeal antónio Maria Vegliò, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes foi recebido esta quinta-feira, dia 28, pelo Papa Francisco. No centro do encontro esteve o drama da população iraquiana, em fuga diante da violência dos jihadistas do proclamado Estado Islâmico. Em declarações à Rádio Vaticana, o cardeal chama a essas pessoas em fuga desalojados e refugiados; fogem, porque morreriam se ficassem nos seus lugares de origem. E diante destas pessoas não consigo entender como se possa dizer – como foi dito: Mandemo-los de volta para os seus países’.

Trata-se de gente que sofre – continua o cardeal -, que deixa tudo e vai embora… E não somente no Iraque. agora o Iraque é a ponta do iceberg, porque ali se encontra a situação mais assustadora: há assassinatos, tragédias com as maneiras bárbaras que bem conhecemos… . O presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes afirma que é necessário que a comunidade internacional tome posição. De que modo? O Papa disse-o no avião, no regresso da Coreia: É preciso parar essa gente’.como? É a comunidade internacional que deve avaliar os meios. Não pode fazer de conta que não é nada.

Citando o Papa Francisco disse que não podemos fechar os olhos, não podemos fazer de conta que nada acontece, porque seria a mesma coisa que muitos disseram quando Hitler matava os judeus: ah, não, não sabíamos de nada! É tudo hipocrisia! É preciso fazer algo! Quando fala de comunidade internacional o cardeal menciona a ONU e também um pouco a Europa que está mais próxima desses países, também geograficamente falando. a seu ver a Europa deveria ter um pouco mais de sensibilidade. Se na Europa há problemas, são sempre problemas relativamente menores que os problemas desse pobre povo iraquiano que foge para não ser degolado, sublinhou.