Na reunião de Minsk, Bielorússia, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, prometeu apresentar um plano para um cessar-fogo para o conflito com os separatistas pró-russos, mas nada há ainda de definido
Na reunião de Minsk, Bielorússia, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, prometeu apresentar um plano para um cessar-fogo para o conflito com os separatistas pró-russos, mas nada há ainda de definidoNo final da reunião de Minsk o presidente ucraniano Poroshenko garantiu que todos os líderes, incluindo Putin, apoiaram as suas propostas de paz para acabar com os combates no Leste da Ucrânia, mas entretanto, não há nessas zonas qualquer sinal de apaziguamento. O arcebispo da Igreja católica ucraniana de rito bizantino, Sviatoslav Shevchuk, que enviou uma carta ao Papa Francisco, tem denunciado o sofrimento da população e pedido a solidariedade internacional.

Em declarações à Rádio Vaticana, diz ele que infelizmente, a situação está a agravar-se, especialmente na parte oriental da Ucrânia, na região de Donetsk e Lugansk. Há todos os dias notícias da chegada de armas pesadas, de novos soldados que estão a atravessar a fronteira entre a Ucrânia e a Rússia.
O arcebispo denuncia a dor profunda de tantos civis feridos, a dor de tantos militares ucranianos que foram feitos prisioneiros, e dezenas deles são torturados, a dor das mães que perdem os seus filhos, a dor da Igreja mãe, que está a sofrer juntamente com os seus filhos. Tudo isto referiu por escrito ao Santo Padre o responsável da Igreja católica de rito bizantino, narrando factos concretos da região de Donetsk.

Refere, por exemplo, que o pequeno mosteiro das Irmãs Servas de Maria Virgem foi ocupado pelos militantes russos e que o bispo de Donetsk foi expulso da sua sede e a sua chancelaria foi sequestrada com todos os documentos. Muitos sacerdotes foram obrigados a deixar as suas igrejas. E é por isso que as pessoas gritam: Gritam ao céu por justiça, por paz, gritam por solidariedade internacional, pois somente se for apoiada por uma solidariedade internacional, a Ucrânia será verdadeiramente capaz de resistir a esta agressão.