Entre tantos assuntos de enorme interesse abordados pelo Papa Francisco na conferência de imprensa dentro do avião que de Seul o trazia para Roma surgiu também a preparação da sua encí­clica sobre a ecologia
Entre tantos assuntos de enorme interesse abordados pelo Papa Francisco na conferência de imprensa dentro do avião que de Seul o trazia para Roma surgiu também a preparação da sua encí­clica sobre a ecologiaO pontífice já tinha anunciado a encíclica no ano passado. Durante o tempo de verão houve progressos na sua elaboração com o contributo de peritos na matéria. Mas, segundo as suas declarações, será preciso ainda esperar alguns meses.

Falando aos jornalistas acrescentou ainda que o texto a publicar será não muito encorpado, mas só com doutrina segura, não podendo pronunciar-se com oficialidade num documento do magistério sobre temas controversos, quando os elementos de julgamento são por assim dizer fluidos, isto é, podem mudar com novas aquisições da ciência.
Estamos – declarou Francisco – na revisão da primeira versão, na qual trabalharam o presidente de Justiça e Paz, cardeal Peter Turkson, e outros. Reúne todas as contribuições e foi entregue na Casa Santa Marta quatro dias antes da partida para a Coreia.

Mesmo assim, a encíclica será muito grande: um pouco maior do que a exortação apostólica Evangelii gaudium, revelou o pontífice, admitindo que a revisão que o aguarda é um problema não fácil. Sobre a proteção da Criação, a ecologia, também a ecologia humana – explicou – pode-se falar com segurança até um certo ponto. Depois, vêm as hipóteses, algumas seguras, outras não. Mas um documento de magistério deve abordar somente coisas seguras.
Na fase atual – continuou – devemos fazer o estudo do texto número por número. Deste modo o texto tornar-se-á certamente mais pequeno, porque deixaremos somente aquilo que se pode afirmar com segurança. O restante, acabará em nota, como hipótese, porque uma encíclica não pode suportar hipóteses que depois poderiam cair; seria – concluiu com uma comparação muito evocativa – como se o Papa quisesse afrontar o tema que a Terra é o centro e não o Sol.