«Quando (Jesus) nos manda perdoar aos nossos irmãos sem qualquer reserva, pede-nos para fazer algo de totalmente radical, mas dá-nos também a graça de o cumprir», disse o Papa Francisco na Coreia do Sul
«Quando (Jesus) nos manda perdoar aos nossos irmãos sem qualquer reserva, pede-nos para fazer algo de totalmente radical, mas dá-nos também a graça de o cumprir», disse o Papa Francisco na Coreia do SulO Papa Francisco concluiu a sua visita à Coreia do Sul com uma Missa pela paz e reconciliação, na Catedral de Seul. a chegada a Roma está prevista para a tarde do dia 18 de agosto. Na homilia da Missa de despedida, o Pontífice encorajou os fiéis coreanos a serem testemunhas do Evangelho na sociedade do país, nomeadamente pela atenção e empenho a favor dos mais desfavorecidos e no exercício do perdão. Francisco deu graças a Deus pelas muitas bênçãos que concedeu a este amado país e, de maneira particular, à Igreja na Coreia. Entre as bênçãos recebidas dá um relevo especial à experiência que viveu nos últimos dias com a presença de muitos jovens peregrinos originários de todas as partes da Ásia. a minha visita – sublinha o Santo Padre – culmina agora nesta celebração da Santa Missa, em que imploramos de Deus a graça da paz e da reconciliação. Esta oração reveste-se de particular ressonância na Península Coreana. Pondo em relevo sobretudo a oração pela reconciliação da família coreana, e referindo que, como diz o Evangelho. ela é poderosa quando dois ou três se reúnem em nome de Jesus para pedir qualquer coisa, muito mais o será, quando um povo inteiro eleva a sua instante súplica ao céu!. E continuou dizendo que o dom divino da reconciliação, da unidade e da paz está inseparavelmente ligado à graça da conversão: trata-se de uma transformação do coração, que pode mudar o curso da nossa vida e da nossa história, como indivíduos e como povo. Convidou depois cada um dos presentes a refletir sobre o testemunho que dá, como indivíduo e como comunidade, de compromisso evangélico com os desfavorecidos, os marginalizados, com aqueles que não têm emprego ou estão excluídos da prosperidade que muitos usufruem e instigou os cristãos coreanos a repelir com firmeza uma mentalidade fundada sobre a suspeita, a confrontação e a competição, optando antes por favorecer uma cultura plasmada pelo ensinamento do Evangelho e pelos mais nobres valores tradicionais do povo coreano. É este – segundo Francisco – o melhor caminho para trabalhar pela reconciliação e a paz na Coreia cujas divisões persistem há quase 70 anos.