a chama das velas dos peregrinos no Santuário de Fátima transformou aquele local de culto num «oceano imenso de luz, de bênção e de paz»
a chama das velas dos peregrinos no Santuário de Fátima transformou aquele local de culto num «oceano imenso de luz, de bênção e de paz»Nesta noite santa, a chama das nossas velas transformou este santuário num oceano imenso de luz, de bênção e de paz, afirmou o bispo do Porto na eucaristia da vigília da peregrinação aniversária de agosto a Fátima, que se realizou na última terça-feira, 12 de agosto. Na Cova da Iria os peregrinos de vários países rezaram pelos cristãos perseguidos do Iraque, da Nigéria e da Índia.
Devemos rezar com acrescida comunhão pela Palestina, pela Síria, pela Ucrânia e Israel e por todos os países e povos onde a paz demora tanto a chegar, destacou o presidente da peregrinação, antónio Francisco dos Santos. Na sua homilia, dirigida aos milhares de peregrinos presentes no Santuário de Fátima, o prelado apelou à oração pela Igreja que trabalha a favor dos pobres, dos estrangeiros, dos exilados, dos refugiados e das vítimas de tráfico humano.
O bispo do Porto fez também um apelo à oração pelos que vivem longe da paz e da pátria, pelos que procuram o bem e a justiça e pelos que anseiam pela liberdade e pela fraternidade. aos fiéis, o prelado pediu hospitalidade para com aqueles com quem não têm muita proximidade. Devemos ser acolhedores, hospitaleiros e cuidadores dos que vivem perto e dos que vêm de longe. atentos aos vizinhos e aos de fora, disse.
aludindo ao Evangelho de terça-feira, 12 de agosto, o bispo do Porto, disse que os fiéis devem procurar ir ao encontro das novas periferias existenciais e sociais, habitadas por novos surtos de emigrantes que batem às portas, tantas vezes fechadas, da Europa e do mundo.
Há horas na vida de emigração, em que só Deus nos pode ajudar e em que só Deus nos basta. Há momentos na vida dos pobres em que mesmo aqueles que pensam estar a ajudar ofendem.compreendemos, por isso, que sejam os pobres aqueles que mais recorrem a Deus e mais precisam de encontrar verdadeiros irmãos, disse antónio Francisco dos Santos.
aos peregrinos, o bispo do Porto recordou que a história do mundo nunca se fará à margem da emigração e sem os emigrantes, nem o futuro da humanidade se poderá pensar contra os emigrantes. a Igreja tem, também, esta missão: lembrar ao mundo e a cada povo que trazemos em nós as marcas de povos estrangeiros e transportamos connosco as dores e os valores, as lágrimas e os êxitos, os testemunhos de vida e de trabalho e a memória da coragem e da fé dos emigrantes, destacou.