« a incompetência dos governos leva à emigração» afirmou em Fátima o diretor da Obra Católica Portuguesa para as Migrações, Frei Sales Diniz, no âmbito da Peregrinação do Migrante e Refugiado
« a incompetência dos governos leva à emigração» afirmou em Fátima o diretor da Obra Católica Portuguesa para as Migrações, Frei Sales Diniz, no âmbito da Peregrinação do Migrante e RefugiadoFrei Sales Diniz, diretor da Obra Católica Portuguesa para as Migrações, afirmou em Fátima que a incompetência dos governos leva à emigração e recordou que existem muitos portugueses a sair do país, à procura de uma vida melhor.
as migrações são uma denúncia contra as políticas, os governos, e contra a incompetência dos políticos para criarem condições para fixar as suas populações, sublinhou o responsável esta terça-feira, 12 de agosto, na conferência de imprensa de apresentação da Peregrinação anual do Migrante e Refugiado ao Santuário de Fátima.
O que nós estamos a assistir neste momento, no nosso país, é esta incompetência, fruto de uma crise de valores, de uma corrupção política e financeira, que levou a que o país não tivesse condições para criar trabalhos e fixar sobretudo as nossas populações jovens, afirmou Frei Sales Diniz.
Segundo o diretor da Obra Católica Portuguesa para as Migrações, há quem saia do país sem esperança e revoltado com os políticos e com o Estado, por não lhes terem dado condições para poder construir a sua vida na sua terra. Os nossos jovens estão a sair das universidades e de escolas profissionais e, depois de um esforço, de um investimento dos próprios pais e, às vezes, de dívidas muito difíceis de pagar, chegam ao mercado de trabalho e não encontram trabalho e não têm outra alternativa que sair, lamentou.
À Igreja cabe também denunciar e alertar para as injustiças e atentados contra a própria vida humana, afirmou o responsável, adiantando que a Igreja assegura uma presença amiga e solidária a todos os que atualmente saem do país. Onde estiverem os portugueses, para onde eles emigrarem, podem ter a certeza que vão contar com a mão estendida da Igreja, uma mão solidária, pronta para os acolher e acompanhar nos caminhos difíceis da emigração, disse.