Muitos dos centro-africanos que procuram refúgio nos países vizinhos, para fugirem à guerra, têm que caminhar durante semanas e nem sempre conseguem chegar ao destino, devido ao cansaço ou aos ataques dos rebeldes
Muitos dos centro-africanos que procuram refúgio nos países vizinhos, para fugirem à guerra, têm que caminhar durante semanas e nem sempre conseguem chegar ao destino, devido ao cansaço ou aos ataques dos rebeldes a situação humanitária dos deslocados internos na República Centro-africana é difícil, mas a organização não governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) está particularmente preocupada com os perigos e provações que enfrentam os milhares de centro-africanos que tentam chegar aos países vizinhos – Chade, Camarões e República Democrática do Congo. Para muitos dos migrantes que procuram segurança a viagem tem-se revelado fatal. as colunas de deslocados são atacadas regularmente pelos grupos rebeldes, tanto os anti-Balaka, como os da coligação Seleka, e os refugiados optam por cruzar a fronteira a pé. Uns não resistem, outros chegam ao destino final esgotados, depois de semanas de caminhada. Segundo a organização MSF, 28 por cento das famílias que fugiram para o Chade perderam pelo menos dois dos seus membros, por causa dos ferimentos que sofreram durante a viagem. Já nos campos de refugiados dos Camarões, as mortes são atribuídas ao cansaço físico da caminhada, aos traumas psicológicos e à falta de alimentos. Os mais afetados são as crianças. Perto de 50 por cento sofrem de desnutrição aguda, o que os expõe às doenças.