vítimas são obrigadas a efetuar trabalhos forçados nas minas de ouro e diamantes ou reduzidas à condição de escravidão sexual, denuncia a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras
vítimas são obrigadas a efetuar trabalhos forçados nas minas de ouro e diamantes ou reduzidas à condição de escravidão sexual, denuncia a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras Os grupos armados na zona este da República Democrática do Congo (RDC) mantêm em cativeiro um número indeterminado de mulheres e crianças, que obrigam a trabalhar nas minas de ouro e diamantes ou reduzem à condição de escravidão sexual, denuncia a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), com base em testemunhos de reféns que conseguiram escapar aos rebeldes. Os sequestros ocorrem sobretudo na província oriental da RDC, onde há anos vários grupos armados ilegais exploram a mineração. além da violência física, com graves consequências médicas em termos de doenças sexuais e gravidezes indesejadas, as vítimas enfrentam também sérios traumas psicológicos, alerta ana Maria Tijerino, psicóloga dos MSF. Entre maio e julho, só na localidade de Nia Nia, os trabalhadores da organização humanitária asseguraram 3. 500 consultas médicas e deram apoio psicológico a 150 vítimas de violência sexual, na sua maioria mulheres. Os reféns que conseguiram fugir contaram histórias atrozes de cativeiro, assassinatos, torturas, violações em grupo, perpetradas várias vezes ao dia e à vista de todos, adianta Tijerino. a denúncia surge dias depois do Presidente congolês, Joseph Kabila, ter nomeado um Conselheiro Especial para a Luta contra a Violência Sexual e o Recrutamento de Crianças. Trata-se de um cargo complexo, confiado à ex-deputada Jeannine Mabunda Lioko Mudiayi, oriunda do norte do país.