Em seis anos, a União Europeia gastou quase três vezes mais a defender as suas fronteiras do que na proteção dos refugiados e requerentes de asilo, denuncia a amnistia Internacional
Em seis anos, a União Europeia gastou quase três vezes mais a defender as suas fronteiras do que na proteção dos refugiados e requerentes de asilo, denuncia a amnistia Internacional Entre 2007 e 2013, o executivo comunitário investiu cerca de dois mil milhões de euros na proteção das fronteiras dos Estados membros, mas apenas 700 milhões em políticas de proteção aos refugiados e solicitantes de asilo, denunciou esta semana a amnistia Internacional (aI), acusando a União Europeia (UE) de estar a construir uma Europa fortaleza, que já custou a vida a mais de 23 mil migrantes. Para a organização de defesa dos direitos humanos, esta ordem de prioridades da UE contrasta com o facto de 48 por cento das pessoas que tentam entrar ilegalmente no espaço europeu serem originárias precisamente de países em guerra, onde se perseguem os cidadãos: Síria, afeganistão, Eritreia e Somália. Ou seja, em cada quatro euros que gasta em segurança, apenas um euro é destinado aos refugiados. Só nos primeiros seis meses de 2014, mais de 200 pessoas perderam a vida no Mediterrâneo e no Egeu. Muitas fugiam claramente de situações de violência e perseguição. a responsabilidade da morte das pessoas que tentam chegar à UE é coletiva, afirmam os responsáveis da aI, sublinhando que os Estados membros devem começar, finalmente, a colocar as pessoas à frente das fronteiras.