Centenas de milhares de civis estão a chegar à região autónoma do Curdistão, assustados com o avanço dos extremistas islâmicos. as autoridades locais precisam de ajuda para lhes proporcionarem acesso aos bens essenciais
Centenas de milhares de civis estão a chegar à região autónoma do Curdistão, assustados com o avanço dos extremistas islâmicos. as autoridades locais precisam de ajuda para lhes proporcionarem acesso aos bens essenciais a organização não governamental (ONG) ação Contra a Fome reclamou esta terça-feira, 17 de junho, a intervenção urgente da comunidade internacional e uma melhor coordenação entre os trabalhadores humanitários, para fazer frente à fuga em massa da população iraquiana para a região do Curdistão, provocada pelo avanço dos extremistas do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL). Para evitar que as condições humanas e de higiene piorem deve pôr-se em marcha uma resposta rápida e adaptada a este tipo de movimentos massivos da população, nas comunidades de acolhimento no Curdistão e nos campos de deslocados onde os iraquianos se estão a refugiar, alertaram os responsáveis da ONG, em comunicado. as equipas da ação Contra a Fome estão no terreno a tentar responder às necessidades mais imediatas dos refugiados, como o acesso a água potável e a recuperação dos sistemas de saneamento e higiene. De Paris (França) irão partir reforços para avaliar as necessidades operacionais e apoiar os trabalhadores da organização que já estão na região, sublinharam os ativistas. O alto Comissariado das Nações Unidas para o Refugiados (aCNUR), por sua vez, fez saber que a falta de abrigos está a dificultar a assistência aos milhares de iraquianos que tiveram que fugir da violência. Muitas pessoas não têm dinheiro nem um local para onde ir. Enquanto alguns ficam em casa de familiares, outros ficam temporariamente em hotéis, mas as suas economias estão a esgotar-se. Muitas famílias em Duhok também estão abrigadas em escolas, mesquitas, igrejas e urbanística inacabados, avisa o organismo liderado pelo português antónio Guterres.