Os diplomatas reunidos em Nova Iorque à última hora concordaram com um documento propondo um pacote de reformas para a cimeira mundial que começa hoje, 14 de Setembro.
Os diplomatas reunidos em Nova Iorque à última hora concordaram com um documento propondo um pacote de reformas para a cimeira mundial que começa hoje, 14 de Setembro. O esboço do documentofoi forjado ao longo de semanas de discussão para honrar os objectivos contra a pobreza, mas outros pontos estão diluídos ou foram completamente omitidos. Os 191 membros da assembleia-geral das Nações Unidas (ONU) posteriormente aprovaram o documento.
Os líderes mundiais estão a chegar para a cimeira que marca os 60 anos da ONU. Portugal está representado pelo presidente da república Jorge Sampaio.
O secretário-geral Kofi annan disse aos jornalistas que o documento tem duas omissões importantes: a não-proliferação de armas nucleares e o desarmamento.
Isto é uma autêntica desgraça, disse, acrescentando esperar que os líderes mundiais levantem estes assuntos durante a cimeira. Não conseguimos tudo o que queríamos.
Outras propostas de reforma que foram difíceis foram a criação de um novo corpo com o encargo dos direitos humanos, a definição de terrorismo e a reforma da gestão da ONU.
Jean Ping, líder da assembleia-geral, divulgou o texto acordado, do qual podemos realçar os seguintes pontos:

  • Na proposta de um corpo com o encargo dos direitos humanos, o documento apenas apela à criação de um novo conselho, sem mais pormenores.
  • Um compromisso, bastante débil, para acabar com as barreiras ao comércio.
  • Os diplomatas concordaram na criação de uma comissão de construção da paz, para ajudar as nações que estão a sair de uma guerra e com a obrigação de intervir quando os civis enfrentem genocídio ou crimes de guerra.
  • Na secção dedicada ao desenvolvimento, apoiam os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio da ONU, uma estratégia a longo prazo para eliminar a pobreza do mundo.

O embaixador do Brasil para a ONU, Ronaldo Mota Sardenberg, disse que o documento contém muito poucas novidades. Houve muita linguagem que não sobreviveu, a qual podia ter conduzido a um documento mais directo, disse.