as crianças trabalham em atividades desadequadas e perigosas, por vezes mais de 35 horas por semana, e não existem punições claras para quem as explora. Mas de um milhão não pode ir à escola
as crianças trabalham em atividades desadequadas e perigosas, por vezes mais de 35 horas por semana, e não existem punições claras para quem as explora. Mas de um milhão não pode ir à escola Uma análise ao trabalho infantil no México, promovida pela Câmara de Deputados, revelou que cerca de três milhões de crianças trabalham em atividades e locais desadequados e perigosos, como minas, lixeiras, cantinas, obras de construção ou centros noturnos, muitas delas mais de 35 horas por semana. apesar dos tratados e convénios contra o trabalho infantil, o país não conseguiu ainda estabelecer penas para quem as emprega e explora. Segundo a Direção-Geral de Serviços de Documentação, Informação e análise da Câmara de Deputados, os estados onde trabalham mais crianças e adolescentes, entre os cinco e os 17 anos, são o do México, Chiapas, Jalisco, Puebla, Guerrero, Michoacán, Guanajuato, Oaxaca e Veracruz. Dos cerca de três milhões de menores envolvidos em atividades laborais inadequadas, 39 por cento não frequentam a escola. Em março, os deputados federais aprovaram o aumento da idade legal para o trabalho infantil, de 14 para 15 anos, mas até agora a norma ainda não foi aplicada. Neste sentido, a Câmara dos Deputados considera que os governos estaduais continuam a fazer letra morta da série de instrumentos internacionais assinados pelo país, a favor dos direitos das crianças. Os parlamentares recordam ainda que o trabalho infantil, em condições anómala, provoca sequelas físicas e psicológicas, por se tratar de uma atividade que não é natural para um menino ou uma menina.