Os soldados da paz da Organização das Nações Unidas estão a modernizar-se para poderem «enfrentar os desafios futuros de paz e segurança», revela Ban Ki-moon, secretário-geral da organização
Os soldados da paz da Organização das Nações Unidas estão a modernizar-se para poderem «enfrentar os desafios futuros de paz e segurança», revela Ban Ki-moon, secretário-geral da organizaçãoO Dia Internacional dos Soldados da Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) é celebrado esta quinta-feira, 29 de maio. Numa mensagem para assinalar a efeméride, Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, explica que os soldados da organização estão a modernizar-se para poderem enfrentar os desafios futuros de paz e segurança.
O uso de aviões não tripulados desarmados para fazer vigilância em determinada região são um exemplo disso, aponta o responsável. No mesmo documento, Ki-moon recorda que as forças de paz da ONU ajudam em operações para estabilizar comunidades, para proteger civis, promover o Estado de Direito e avançar com os direitos humanos.
No último ano, o Conselho de Segurança da ONU criou duas novas operações de paz, no Mali e na República Centro-africana. No caso da República Centro-africana, as forças da ONU ajudaram o governo a derrotar os rebeldes do grupo M23. No Sudão do Sul, os soldados da paz abriram os portões das suas bases para receber milhares de civis que procuravam refúgio contra a violência entre tropas do governo e rebeldes.
Entre os avanços apontados pelo secretário-geral das Nações Unidas, está ainda a nomeação da primeira mulher como comandante de uma operação de paz, que foi o caso da general norueguesa Kristin Lund, que assumiu a Força de Paz no Chipre. atualmente, a ONU tem mais de 116 mil soldados de mais de 120 países a participarem em 16 operações de paz.
Em 2013, 106 soldados da paz morreram, elevando para mais de 3,2 mil o número de soldados que perderam a vida ao serviço da organização. Em declarações à Rádio ONU, Carlos alberto dos Santos Cruz, que atualmente comanda as tropas de paz das Nações Unidas na República Democrática do Congo, falou sobre a importância desta data. [Este é] um dia de reflexão para que possamos ter uma noção bem crítica do que estamos a fazer e do que podemos fazer de melhor, disse.