antónio Vitalino, bispo de Beja, defende a introdução de disciplinas sobre a «ética das relações humanas e do progresso» nos cursos do ensino superior
antónio Vitalino, bispo de Beja, defende a introdução de disciplinas sobre a «ética das relações humanas e do progresso» nos cursos do ensino superiorNuma altura em que muitos estudantes do ensino superior terminam os seus cursos, antónio Vitalino, bispo de Beja, questiona a solidez dos diferentes cursos superiores, alguns com nomes muito semelhantes, mas que pouco têm a ver com a realidade social e empresarial vivida no país. O prelado questiona ainda se a aprendizagem cria hábitos sólidos de reflexão, de investigação, de trabalho e de construção de um mundo melhor, de relações harmoniosas entre as pessoas e a natureza. Para o prelado, faz falta introduzir na formação disciplinas que ajudem os estudantes a interrogar-se sobre os fundamentos sólidos da natureza humana e do cosmos, assim como referentes à ética das relações humanas e do progresso.

a filosofia, a arte de pensar em profundidade as questões, a verdade e a moralidade, nem sempre acompanham os diversos saberes, aponta antónio Vitalino, acrescentando que, sem isso, não é de admirar que predomine a mentalidade economicista de emprego, da exploração do homem e da natureza. No mesmo documento, com o nome Renascer da esperança, o bispo de Beja afirma que o bem comum deveria ser o prisma principal de todos os cursos, cimentando a articulação dos saberes, visando o progresso integral da pessoa, da família, da sociedade e do país.