«Somos todos irmãos em Cristo e com o patriarca Bartolomeu somos amigos, irmãos, e partilhámos a vontade de caminhar juntos», afirmou o Papa na audiência geral desta quarta-feira, dia 28 de maio, dedicada à sua peregrinação à Terra Santa
«Somos todos irmãos em Cristo e com o patriarca Bartolomeu somos amigos, irmãos, e partilhámos a vontade de caminhar juntos», afirmou o Papa na audiência geral desta quarta-feira, dia 28 de maio, dedicada à sua peregrinação à Terra SantaFoi Deus que me guiou a essa Terra bendita, que viu a presença histórica de Jesus e na qual se verificaram eventos fundamentais para o Hebraísmo, o Cristianismo e o Islão, disse Francisco, agradecendo ao patriarca latino de Jerusalém, Fouad Twal, aos bispos, ao clero local, aos franciscanos, de modo particular, e a todos os que cooperaram na realização da visita. O Santo Padre referiu-se depois ao objetivo fundamental da peregrinação: comemorar os 50 anos do histórico encontro entre Paulo VI e o patriarca atenágoras: Esse gesto profético do bispo de Roma e do patriarca de Constantinopola que colocou uma pedra miliar no caminho sofrido, mas promissor, da unidade de todos os cristãos, que desde então deu passos relevantes. Reevocou sobretudo a oração junto do Sepulcro de Jesus com o patriarca Bartolomeu I. Naquele lugar onde ecoou o anúncio da Ressurreição – disse o Papa – tomámos consciência de toda a amargura e sofrimento das divisões que ainda existem entre os discípulos de Cristo. Mas sentimos o desejo de sarar as feridas ainda abertas e prosseguir com tenacidade o caminho rumo à plena comunhão. E foi aqui, que espontaneamente, Francisco afirmou: Uma vez mais, tal como fizeram os Papas anteriores, eu peço perdão por aquilo que fizemos para favorecer esta divisão e peço ao Espírito Santo que nos ajude a sarar as feridas que infligimos aos outros irmãos. Somos todos irmãos em Cristo e com o patriarca Bartolomeu somos amigos, irmãos, e partilhámos a vontade de caminhar juntos, fazer o que já desde agora podemos: rezar juntos, trabalhar juntos pelo rebanho de Deus, procurar a paz, salvaguardar a criação, tantas coisas que temos em comum. Francisco referiu-se depois ao outro objetivo da sua peregrinação: encorajar o caminho da paz dom de Deus e empenho dos homens, na Jordânia, na Palestina e Israel. Fi-lo como peregrino, em nome de Deus e do homem, levando no coração uma grande compaixão pelos filhos daquela Terra que há tanto tempo convivem com a guerra e têm o direito de finalmente conhecer dias de paz. O Pontífice recordou o interesse que viu nas autoridades em prosseguir os esforços da paz para diminuir as tensões na área do médio oriente, sobretudo na martirizada Síria e continuar na procura de uma equitativa solução para o conflito entre Israel e a Palestina e referiu-se ao convite feito ao Presidente de Israel e ao Presidente da Palestina para virem ao Vaticano rezar juntamente com ele pela paz, pedindo às pessoas que não os deixassem sós nesta oração.