Responsável das Nações Unidas exigiu que a República do Congo pare imediatamente de expulsar cidadãos da vizinha República Democrática do Congo e pediu uma investigação sobre denúncias de violência sexual e outras violações dos direitos humanos
Responsável das Nações Unidas exigiu que a República do Congo pare imediatamente de expulsar cidadãos da vizinha República Democrática do Congo e pediu uma investigação sobre denúncias de violência sexual e outras violações dos direitos humanos Mais de 130 mil cidadãos da República Democrática do Congo (RDC) foram expulsos de Brazzaville, a capital da vizinha República do Congo, desde o início de abril, de acordo com um comunicado da Missão da ONU no país, conhecida pela sigla francesa MONUSCO, divulgado esta terça-feira, 27 de maio. Ouvi vários testemunhos de vítimas de tratamentos cruéis e de abusos graves dos direitos humanos, apontou Martin Kobler, responsável da MONUSCO e representante especial do secretário-geral das Nações Unidas na RDC. O responsável da MONUSCO acrescentou que ouviu histórias de crianças que se afogam no rio durante a sua passagem forçada. Mais: Vi um homem ferido por balas e mães que deram à luz sozinhas na margem do rio Congo, anotou, insistindo em que tudo isso tem de parar. Martin Kobler visitou um campo de trânsito na periferia de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, onde estão reunidos vários milhares dos que foram expulsos de Brazzaville. Estas duas cidades, Kinshasa e Brazzaville, situam-se frente a frente ao longo das duas margens do rio Congo, que estabelece a fronteira entre os dois países.