Depois de enfrentar uma penosa enfermidade, faleceu aos 61 anos o padre Domiciano Ramí­rez. Durante a ditadura foi um grande defensor dos direitos humanos denunciando as barbaridades cometidas.
Depois de enfrentar uma penosa enfermidade, faleceu aos 61 anos o padre Domiciano Ramí­rez. Durante a ditadura foi um grande defensor dos direitos humanos denunciando as barbaridades cometidas. a sua postura de promoção dos direitos democráticos e a sua luta contra a corrupção e a impunidade deram-lhe um lugar de preferência a nível nacional e internacional, durante os anos de ditadura de Stroessner, que governou o país com mão dura por 35 anos, até 1989.
No seu trabalho pastoral questionava o governo e o templo de São José do bairro Obrero, tornou-se um dos poucos espaços de liberdade no país.
a opção pelos pobres marcava as suas acções como representante dos sectores de vanguarda da igreja católica.com a chegada da democracia continuou a ser um exemplo, protagonizando o debate dos temas mais conflituais da sociedade.
Foi ordenado sacerdote em 1977, com 30 anos, em Roma, licenciando-se em Teologia Moral na Universidade Gregoriana de Roma.
Chegando ao Paraguai em 1979, foi nomeado pároco da Paróquia de S. José. Esteve na zona de pilar durante 11 anos, em plena ditadura. Foi pároco da Catedral de S. João Baptista e regressou posteriormente a S. José.
Com o agravamento da diabetes que afectavam a sua visão e saúde, teve que afastar-se do Pilar e ir para a capital do país.
Foi declarado cidadão ilustre de Pilar pelo município e o próprio congresso reconheceu a sua luta. O seu funeral decorreu hoje, 12 de Setembro.