Os números do Instituto Nacional de Estatí­stica indicam que o número de famílias numerosas está a diminuir a um «ritmo acelerado». Tal situação preocupa a associação Portuguesa de famílias Numerosas
Os números do Instituto Nacional de Estatí­stica indicam que o número de famílias numerosas está a diminuir a um «ritmo acelerado». Tal situação preocupa a associação Portuguesa de famílias Numerosas O Dia Internacional da Família é assinalado esta quinta-feira, 15 de maio. Numa mensagem alusiva à efeméride, a associação Portuguesa de Famílias Numerosas (aPFN) mostra-se preocupada com a crise demográfica portuguesa e pede o fim da discriminação dos agregados com maior número de filhos. São necessárias medidas transversais que não penalizem as famílias com filhos, aponta ana Cid GonçAlves, secretária-geral da aPFN. Dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que o número de famílias numerosas está a diminuir a um ritmo acelerado em território nacional, totalizando 154 249 em 2011, menos 59 609 face a 2001, o equivalente a uma quebra de 27,8 por cento. No quadro da presente situação social e económica do nosso país as famílias com filhos a cargo são aquelas que estão a fazer um maior esforço e que mais têm sido afetadas. Para um mesmo nível de rendimento, seja ele qual for, faz uma enorme diferença o número de pessoas que ele sustenta, afirma a secretária-geral da aPFN, no documento enviado á agência Ecclesia.
Segundoana Cid GonçAlves, as situações de desemprego, ou de baixa de salários, refletem-se de forma particularmente mais grave junto destas famílias, tanto mais quanto mais filhos tiverem. Recordando que Portugal não faz a renovação das gerações há mais de 30 anos, a secretária-geral da aPFN alerta para novos fatores que podem agravar esta situação, como a saída dos imigrantes e de muitos casais jovens. São precisas medidas transversais que abranjam nomeadamente as áreas da conciliação entre trabalho e família, fiscalidade, educação, saúde, habitação e transportes, reforça ana Cid GonçAlves.