«O Senhor é meu pastor, nada me falta. Habitarei na casa do Senhor
todos os dias da minha vida», diz-nos o Salmo Responsorial

«O Senhor é meu pastor, nada me falta. Habitarei na casa do Senhor
todos os dias da minha vida», diz-nos o Salmo Responsorial

O pastor é um guia que leva as suas ovelhas a pastagens de boa qualidade, que defende o seu rebanho dos lobos – que às vezes se apresentam vestidos como pastores bons – e que dá às suas ovelhas um repouso e uma tranquilidade que fortalecem a vida. ao mesmo tempo, o pastor vigia as suas ovelhas para que elas não se afastem do rebanho, pois isso as colocaria em perigos mesmo mortais. Em tempos recentes, em várias partes da terra trabalhou-se freneticamente para que todos e cada membro das sociedades usufruissem da fraternidade e da igualdade’. Um frémito de euforia generosa percorreu as gentes de tantos países. Mas tais qualidades não detruiram os germes do egoísmo que habitam o ser humano. Indivíduos e grupos houve e há que forjaram e forjam maneiras de controlar o modo de pensar das pessoas, até por meio de leis que são contrárias ao bem de tantos membros da sociedade. Destas situações nos fala Jesus no Evangelho deste domingo: Ladrões e salteadores surgiram. E o ladrão só vem para roubar, matar e destruir (João 10, 8. 10) – verbos estes que bem correspondem a tantas realidades conhecidas. Lá no fundo, o ser humano chora pelos dons divinos da paz e da felicidade. E o Senhor Jesus apresenta-se-nos como sendo ele a porta pela qual nos chegam esses dons divinos (v. 9). Só Jesus Cristo pode salvar o homem e dar-lhe os alimentos vários necessários à vida e à felicidade (cf v. 9). a doçura de Cristo no Evangelho para com os fracos e necessitados, que a alta sociedade por vezes considera anónimos, é a doçura do Deus verdadeiro que nos diz: Tu és precioso a meus olhos (Isaías 43,4), e por isso escrevi o teu nome na palma da minha mão para nunca de ti me esquecer (Isaías 49,16). É verdade que os perigos vivem no meio de nós, à nossa volta, egoísmos que até se fazem passar por doces amizades. É mister lutar pelo bem e pela justiça. Mas é necessário também confiar no nosso Bom Pastor que deu a sua vida por nós, vida que retomou na ressurreição. Esta sua nova vida, quer ele partilhá-la com todos os que se esforçam por ouvir a sua voz e seguir o caminho que ele nos ensina e em que connosco marcha, sempre ao nosso lado.