«Ensinaste-me, Senhor, os caminhos da vida, e hás de encher-me de alegria com a tua presença», diz-nos a primeira leitura deste domingo
«Ensinaste-me, Senhor, os caminhos da vida, e hás de encher-me de alegria com a tua presença», diz-nos a primeira leitura deste domingo Muitas vezes a trama da nossa vida assemelha-se à do Evangelho deste domingo. Na manhã do dia da ressurreição, dois dos discípulos de Jesus perdem a confiança nas promessas de Cristo e abalam de Jerusalém para a sua própria terra. Eram originários de Emaús, uma aldeia que distava provavelmente uns 30 quilómetros de Jerusalém, ou segundo outros 12 quilómetros. Sem que os dois o reconhecessem, Jesus aproxima-se deles e acompanha-os naquela caminhada de dor. E vendo-os tristes, pergunta-lhes a razão. Resposta deles: É por causa de Jesus de Nazaré, grande profeta, que os nossos chefes mataram crucificando-o. Ora nós esperávamos que fosse ele que libertaria Israel do jugo estrangeiro. Mas tudo parece ter acabado em águas de bacalhau. Este cenário é bem conhecido de todos nós. Quantas vezes um povo, uma família, um indivíduo põem as suas esperanças num novo governo, numa nova companhia, num emprego mais prometedor, numa amizade aparentemente muito sólida – e depois as coisas não dão o resultado esperado. afinal a vida, como o globo terrestre, é também feita de altos e baixos. Provavelmente, uma das causas de menos felicidade para nós é a falta de confiança, que São José Cafasso chamava o pecado dos loucos. De maneira extraordinária, Jesus conduz os dois discípulos, do marasmo da perda da esperança a um sentido pleno de realização. Neste trecho, Jesus é tudo para o discípulo que quer acreditar, viver a fé e proclamá-la com alegria aos outros. Jesus guia-os a encontrarem a fé por meio da explicação das verdades da Sagrada Escritura. a vida, é preciso vê-la, com os seus problemas e as suas alegrias, à luz da Palavra de Deus, que a tudo dá sentido. Confessarão os dois mais tarde: Não nos ardia cá dentro o coração quando ele nos desvendava as Escrituras? E depois de incentivar o interesse dos dois, Jesus finge que vai para mais longe, para que eles o convidem a ir para a estalagem com eles. Jesus aceita. Sentados à mesa, Jesus parte o pão e dá-lho. E de repente os olhos do coração dos dois abrem-se e reconhecem Jesus. Mas ele, feito o seu trabalho salvador, desaparece da presença deles. Dois momentos de suma importância para nós: vermos Jesus, e tudo na nossa vida, à luz da Palavra de Deus; e convidar Jesus a ficar connosco: O resto vem por si próprio. a Palavra de Deus, e a presença real de Jesus na Eucaristia. Que sorte acreditarmos e vivermos este grande desígnio de Deus. Estamos no mês de maio, mês da Virgem Santa, em quem o Verbo de Deus se fez carne. Ela que de Jesus sempre nos diz: Fazei tudo o que ele vos disser!