O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, Manuel Clemente, inaugurou a assembleia plenária do organismo evocando os 40 anos da revolução de 25 de abril e agradecendo aos «obreiros da democracia portuguesa»
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, Manuel Clemente, inaugurou a assembleia plenária do organismo evocando os 40 anos da revolução de 25 de abril e agradecendo aos «obreiros da democracia portuguesa»Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa, inaugurou a 184. a assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa esta terça-feira, 29 abril, em Fátima, com uma alusão ao 40. º aniversário da revolução dos cravos. a nossa gratidão aos obreiros da democracia portuguesa tem de acrescentar-se com o empenho permanente no seu reforço, em tudo e para todos, disse o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
De acordo com o responsável, a revolução de 25 de abril de 1974 permitiu a instituição do regime democrático em Portugal, no qual felizmente os portugueses vivem. Na verdade, quer no programa do Movimento das Forças armadas, quer na Constituição de 1976, encontramos uma geral consonância com o que a própria CEP tinha referido na Carta Pastoral de 4 de maio de 1973, destacou Manuel Clemente. Sendo verdade que os bispos portugueses tinham bem presente a situação do país em 1973, temos de concluir, agora nós em 2014, que muito se fez entretanto e na esteira da revolução de abril, adiantou.
Tendo em conta o atual condicionalismo socioeconómico e cultural, o presidente da CEP disse que há trabalho a fazer para que sejam definitivamente ultrapassadas as dificuldades com as quais Portugal se depara. aludindo à canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II, no último domingo, 27, Manuel Clemente deixou votos de que estas figuras da Igreja inspirem a renovação da pastoral da Igreja em Portugal.
ainda durante a sessão de abertura, que decorreu na Casa de Nossa Senhora das Dores, o Patriarca de Lisboa fez uma homenagem a dois bispos falecidos desde a última assembleia plenária: Joaquim GonçAlves, que foi bispo de Vila Real, e o cardeal José Policarpo, que foi Patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
O presidente da CEP destacou também, nos pontos de agenda desta assembleia plenária, a reforma dos manuais de Educação Moral e Religiosa Católica. Desejamos colaborar na construção duma sociedade que, sendo plural, deve contar com a contribuição de cada uma das partes que inclui, mormente quando se trata do legado vivo da tradição católica, tão presente na vida nacional e decerto das gerações passadas para as presentes e futuras, destacou.