a correspondência salarial entre homens e mulheres no espaço europeu vai demorar 70 anos a ser atingida, se os atuais ritmos de equiparação se mantiverem, alerta a Comissão Europeia
a correspondência salarial entre homens e mulheres no espaço europeu vai demorar 70 anos a ser atingida, se os atuais ritmos de equiparação se mantiverem, alerta a Comissão Europeia Os avanços para a igualdade de género na União Europeia são demasiado lentos e se os ritmos atuais se mantiverem serão precisos 70 anos para atingir a igualdade salarial entre homens e mulheres, quase 30 anos para alcançar a meta de 75 por cento de taxa de emprego feminino, e cerca de 20 para conseguir a paridade nos parlamentos nacionais, revela um relatório da Comissão Europeia. No documento, que reflete os progressos em matéria de igualdade de género, Bruxelas refere que a disparidade salarial permanece fixa em 16,4 por cento a nível europeu, enquanto nas pensões se situa em 39 por cento, segundo os últimos dados de 2012. Os países onde se registam diferenças salariais maiores são a Estónia (30 por cento), Áustria (23) e alemanha (22). Embora a taxa de desemprego das mulheres tenha aumentado para 63 por cento, fica longe dos 75 por cento da dos homens. E isto sem contar que a crise económica provocou a deterioração da situação do emprego masculino. O estudo destaca ainda que as mulheres são quem suporta mais a carga de trabalho não remunerado em casa e na família. Dedicam em média 26 horas semanais a cuidar dos filhos e das tarefas domésticas, em comparação com as nove horas dos homens.