O valor das remessas dos nepaleses que trabalham no estrangeiro é o mais alto entre os países do sul da Ásia. Mas nem sempre são suficientes para tirar as famílias da miséria, por falta de conhecimentos de gestão das poupanças
O valor das remessas dos nepaleses que trabalham no estrangeiro é o mais alto entre os países do sul da Ásia. Mas nem sempre são suficientes para tirar as famílias da miséria, por falta de conhecimentos de gestão das poupanças as remessas dos trabalhadores no estrangeiro são uma espécie de salva-vidas económico para o Nepal, mas nem sempre servem para tirar as famílias da pobreza e do círculo vicioso da emigração, por falta de conhecimento sobre a melhor forma de gerir e aplicar as poupanças. Para ajudar a inverter esta situação, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) promoveu uma ação de formação dirigida a funcionários do governo, membros de organizações não governamentais, técnicos de cooperativas financeiras e elementos dos bancos privados, que depois ficam encarregues de passar os conhecimentos às famílias de emigrantes. O objetivo é instruir os nepaleses para fazerem planos de poupança, investirem em negócios que lhes permitam rentabilizar o dinheiro e adotarem uma gestão controlada das remessas, em vez de gastarem os fundos em bens de consumo. Segundo informações da OIM, o ano passado, os emigrantes fizerem entrar no Nepal perto de 3,4 mil milhões de euros, quase 25 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) anual. Embora o governo reconheça a enorme contribuição dos trabalhadores migrantes para a economia do Nepal, também está preocupado com a forma como são usadas as remessas. Trata-se de garantir que os emigrantes e seus familiares fazem investimentos produtivos, e para isso é fundamental a educação financeira, justificou Suresh Man Shrestha, secretário do Ministério do Trabalho e do Emprego.