a integração de ciganos em Portugal está a correr bem, segundo um relatório divulgado pela Comissão Europeia, que aponta os primeiros sinais de melhoria das condições de vida desta comunidade na Europa
a integração de ciganos em Portugal está a correr bem, segundo um relatório divulgado pela Comissão Europeia, que aponta os primeiros sinais de melhoria das condições de vida desta comunidade na Europa a estratégia portuguesa para a integração de ciganos está a dar frutos no país, de acordo com um relatório difundido esta sexta-feira, 4 de abril, pela Comissão Europeia. a instituição considera positivos os passos dados por Portugal na integração dos ciganos desde 2011, estimando a comunidade entre 40 a 60 mil pessoas. Contudo, indica que falta avaliar o efeito global das medidas.
além disso, Bruxelas alerta para a necessidade de um financiamento sustentável e adequado, bem comode haver um diálogo construtivo entre as organizações não-governamentais romani e as autoridades municipais e regionais. Na área do ensino, Bruxelas pretende que seja dada mais atenção às necessidades das ciganas e apela à monitorização do impacto das medidas de integração neste sector. Portugal tem uma das mais baixas taxas de segregação escolar de ciganos (sete por cento), só batido pela Polónia (três por cento).
No setor do emprego, Bruxelas confirma existirem medidas exclusivas para facilitar o acesso ao mercado de trabalho, mas solicita uma abordagem mais integrada. Em Portugal, 56 por cento dos ciganos foram vítimas de discriminação nos últimos cinco anos, sendo a República Checa o Estado-membro com a pior prestação (74 por cento) e a Espanha o que apresenta a melhor (38 por cento). No que concerne à saúde, é destacada a existência de campanhas de vacinação para ciganos e a criação de unidades médicas móveis em Portugal.
O relatório apresentado pela comissão liderada por Durão Barroso, e divulgado pela agência Lusa, dá conta dos primeiros progressos nas condições de vida desta comunidade a nível da União Europeia. De acordo com o documento, aumentou o número de crianças ciganas que frequentam a educação pré-escolar e tem sido adotado um número crescente de programas de incentivo ao emprego dos ciganos, bem como de programas de mediação que estabelecem pontes entre as comunidades ciganas e o resto população nos domínios da habitação e do acesso aos cuidados de saúde.

ainda esta sexta-feira tem início em Veneza, na Itália, o encontro do Comité Católico Internacional dos Ciganos. a assembleia, que terminará sábado, 5, conta com a participação de cerca de 150 agentes de pastoral, oriundos de 20 países europeus, incluindo Portugal. antonio Maria Veglió, presidente do Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, escreveu uma mensagem para assinalar esta ocasião.
Na missiva, o responsável faz votos de que os participantes procurem soluções concretas, para que as Igrejas locais e as autoridades civis possam impedir a expansão do fenómeno de racismo, em relação aos ciganos, e a sua discriminação em todos os âmbitos sociais, que assumem vários aspetos: deportação de massa, segregação, despejos, impedimento de estudar em escolas, esterilização das mulheres ciganas.
O cristão não constrói muros, mas pontes, afirma o cardeal, citado pela Rádio Vaticano, adiantando que os ciganos precisam da humanidade da sociedade em que vivem, para se sentirem membros da família humana, usufruindo dos direitos dos outros membros da comunidade, no respeito da sua dignidade e da sua identidade.