Menor morreu dentro de casa, vítima de um disparo, durante as operações das forças de segurança de Mianmar para dispersar uma multidão de budistas que atacava um prédio das Nações Unidas
Menor morreu dentro de casa, vítima de um disparo, durante as operações das forças de segurança de Mianmar para dispersar uma multidão de budistas que atacava um prédio das Nações Unidas Uma menina de 11 anos foi atingida mortalmente por um tiro, numa operação da polícia para travar um ataque às instalações das Nações Unidas, na região oeste de Mianmar. Os polícias abriram fogo para dispersar as pessoas que se concentravam em frente a um armazém do Programa alimentar Mundial (PaM) e atingiram a criança, que estava dentro de casa, informaram esta sexta-feira, 28 de março, as autoridades locais. Nos últimos dias, centenas de budistas atacaram as sedes de vários grupos humanitários e prédios da ONU em Sittwe, capital do estado de Rakhine, abalado desde 2012 pela violência dirigida principalmente contra os muçulmanos da minoria apátrida rohingya. Os budistas da minoria rakhine acusam as ONG estrangeiras de privilegiar os muçulmanos nas operações humanitárias e exigem a sua saída do país. O estado de Rakhine vive em clima de tensão desde 2012, data a partir da qual foram registados vários atos de violência contra os muçulmanos e a minoria apátrida dos rohingya. Estes ataques causaram a morte a mais de 200 pessoas e 140 mil deslocados. Quase 800 mil rohingyas, considerados pela ONU como uma das minorias mais perseguidas do planeta, vive neste estado, segundo a agência aFP.