Depois da Guiné-Conacri, foram registadas mais cinco mortes na vizinha Libéria, e um outro caso suspeito de um viajante que regressou ao Canadá. Os países da África Ocidental estão em alerta. Em Portugal foi feita uma recomendação às autoridades de saúde
Depois da Guiné-Conacri, foram registadas mais cinco mortes na vizinha Libéria, e um outro caso suspeito de um viajante que regressou ao Canadá. Os países da África Ocidental estão em alerta. Em Portugal foi feita uma recomendação às autoridades de saúdeOs países da África Ocidental temem a propagação da epidemia do ébola, depois da morte de cinco pessoas na Libéria, junto à zona fronteiriça com a Guiné-Conacri, onde a doença já matou pelo menos 59 pessoas. as vítimas, quatro mulheres e uma criança, terão atravessado a fronteira para participar num funeral de parentes, na região florestal da Guiné, e regressaram a casa infetadas com o vírus, segundo informações da organização Médicos Sem Fronteiras. Depois da doença ter provocado a morte a 59 pessoas, de um total de 86 casos registados, as autoridades sanitárias da Guiné-Conacri começaram a enviar mensagens para os telemóveis dos cidadãos, com conselhos práticos para evitarem os contágios e um convite a manterem a calma. ao mesmo tempo, os países vizinhos, como a Serra Leoa, Costa do Marfim e Senegal levantaram os níveis de alerta sanitária e ativaram os programas de vigilância, de acordo com a agência Misna. Em Portugal, as administrações regionais de Saúde alertaram os serviços de medicina de viajantes e hospitalares para estarem atentos a uma possível entrada no país de casos suspeitos de ébola. Por precaução, ontem [segunda-feira, 24 de março] avisámos todas as administrações regionais de Saúde e as autoridades de saúde das regiões, incluindo as autónomas, para que informassem os nossos serviços quer de viajantes (para quem vai viajar e saber o que pode acontecer) quer os urgentes e para estarem atentos, disse à agência Lusa a subdiretora-geral de Saúde, Graça Freitas. a responsável sublinhou ainda que as pessoas que vão viajar para países onde existem focos devem tomar precauções no contato com as populações locais e quando regressarem e, se tiverem sintomas nos dias a seguir, devem informar as autoridades para que possa ser feito diagnóstico e se evite o contágio. Os sintomas podem ser apenas de febre e mau estar, uma espécie de gripe que depois evolui para situações hemorrágicas e que podem confundidas com outras doenças e cuja taxa de mortalidade é elevada, alertou.