Os apóstolos tornam-se testemunhas de Jesus e construtores da Igreja. E cada membro da Igreja torna-se mãe, pai, irmão e irmã de Cristo, e testemunha do Senhor a todo o mundo
Os apóstolos tornam-se testemunhas de Jesus e construtores da Igreja. E cada membro da Igreja torna-se mãe, pai, irmão e irmã de Cristo, e testemunha do Senhor a todo o mundoNa anunciação Deus torna-se homem, e o homem recebe o poder de Deus. Maria foi a escolhida para campo deste programa divino. Ela não percebia como é que isto podia acontecer, e Deus explicou-lho dizendo-lhe que o Espírito Santo seria o ator principal de tudo.como ela, também a nós seria impossível que tal nos acontecesse, mas o Espírito Santo é que o fará em nós: no nosso batismo concebemos o nosso Salvador. ao lermos a Palavra de Deus vemos que há uma relação perfeita entre a anunciação do nascimento de Cristo a Maria, e a anunciação do nascimento da Igreja aos apóstolos. Na anunciação a Maria, o anjo explica como será concebido Cristo: O Espírito Santo virá sobre ti (Luc 1:35). Na anunciação do nascimento da Igreja por Cristo aos apóstolos, Jesus explica: Recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós… (act 1:8). Nos dois casos, o Espírito de Deus é o autor, o ser humano é o colaborador, isto é aquele que aceita voluntariamente essa força do Espírito de Deus e com ela colabora para dar Cristo para a humanidade. Se isto nos parece difícil ou mesmo impossível, a explicação foi dada pelo anjo a Maria: a Deus nada é impossível. Maria torna-se a Mãe de Jesus, o Salvador. Os apóstolos tornam-se testemunhas de Jesus e construtores da Igreja. E cada membro da Igreja torna-se mãe, pai, irmão e irmã de Cristo, e testemunha do Senhor a todo o mundo. É interessante que imediatamente depois da vinda do Espírito Santo os apóstolos começaram a anunciar as maravilhas de Deus (act 2:11). E logo depois da anunciação, Maria vai a casa da sua prima Isabel e lá canta: O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, por isso a minha alma glorifica ao Senhor (Luc 1:50, 46). Na anunciação, podemos ver em Maria a pequenina comunidade cristã que começa a sua existência e o seu caminho para a plenitude do reino de Deus no céu: Cristo Mestre, Maria 1a discípula do Corpo Místico. O Magnificat foi o canto de esperança do último grupo dos pequeninos de Iavé do antigo Testamento e é o canto em plenitude da Igreja na terra, peregrina para o Céu, e será por toda a eternidade o canto dos que receberam a salvação das mãos do Cordeiro, como diz o Livro do apocalipse. Cada um de nós está presente na anunciação: a Maria diz o anjo: alegra-te, Bem-amada de Deus, o Senhor está contigo (Luc 1:28); ave, ó Cheia de Graça: para Deus, o nome próprio de Maria é Cheia de Graça, é uma descrição que Deus faz de Maria que, em termos esponsais, Deus escolheu para mãe do seu Filho Unigénito Salvador. E esta mesma saudação-descrição foi-nos feita pela Santíssima Trindade no momento do nosso batismo quando na nossa alma o Espírito Santo gerou a graça, a presença amorosa de Deus em nós. Na anunciação Maria dá ao mundo Jesus Cristo, a consolação de Iavé. E essa Virgem Maria, consolada e consoladora, é a nossa Mestra na veneração e no amor que devemos ao Deus altíssimo e à sua Palavra.