O número de portugueses em risco de pobreza atingiu os valores mais altos desde 2005. Se não fossem os apoios sociais, este valor poderia chegar perto dos 50 por cento, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística O número de portugueses em risco de pobreza atingiu os valores mais altos desde 2005. Se não fossem os apoios sociais, este valor poderia chegar perto dos 50 por cento, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística Os resultados do mais recente Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (EU-SILC) do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta segunda-feira, 24 de março, revelam que entre 2011 e 2012, o índice de portugueses em risco de pobreza subiu oito pontos percentuais, passando a atingir 18,7 por cento da população, ou seja, quase dois milhões de pessoas. De acordo com o documento do INE, citado pela agência Lusa, a taxa de risco de pobreza corresponde à proporção da população cujo rendimento equivalente se encontra abaixo da linha da pobreza, definida como 60 por cento do rendimento mediano por adulto equivalente, que passou de 416 euros em 2011 para 409 euros em 2012. Se fossem tidos em conta apenas os rendimentos do trabalho, de capital e transferências privadas, a percentagem de portugueses em risco de pobreza passaria dos 18,7 por cento para 46,9 por cento, o equivalente a cerca de 4,9 milhões de pessoas. O relatório do INE regista ainda que se mantém uma forte desigualdade nas distribuições dos rendimentos e aponta que o rendimento monetário líquido dos 10 por cento da população com maiores recursos era quase 11 vezes superior ao dos 10 por cento da população com menores recursos.