Os pedidos de asilo aumentaram em 28 por cento o ano passado, atingido o valor mais alto dos últimos 13 anos. Os sírios, em conjunto com os afegãos e russos foram quem mais procurou proteção internacional
Os pedidos de asilo aumentaram em 28 por cento o ano passado, atingido o valor mais alto dos últimos 13 anos. Os sírios, em conjunto com os afegãos e russos foram quem mais procurou proteção internacional Pelo terceiro ano consecutivo, aumentaram os pedidos de asilo formalizados aos 44 países mais industrializados, segundo dados revelados esta sexta-feira, 21 de março, pelo alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR). O ano passado, mais de 612 mil pessoas pediram proteção internacional, a taxa mais alta desde 2001 e a segunda maior dos últimos 20 anos. a maior parte das solicitações partiram de cidadãos sírios, seguindo-se as de afegãos e de russos. O relatório mostra que o maior aumento de pedidos foi registado em 38 países do continente europeu, que receberam mais de 484 mil requerimentos, ou seja mais um terço do que em 2012. a alemanha foi quem mais pedidos recebeu (109 mil), a nível europeu e mundial, seguindo-se a França (60 mil) e a Suécia (54 mil). a Turquia, o país da Europa com mais refugiados (640 mil), também recebeu 44 mil novas petições em 2013, sobretudo de iraquianos e afegãos. O agravamento da situação humanitária na Síria, de acordo com o aCNUR, transformou o país, pela primeira vez na sua história, no principal ponto de origem dos requerentes de asilo. No total, perto de 56 mil sírios pediram o estatuto de refugiado em 2013, o que representa mais do dobro do que em 2012 e seis vezes mais que em 2011. Também o número de asilados originários da Federação Russa alcançou índices sem precedentes, com 39 mil pedidos, o valor mais elevado da última década.