Os rebeldes da Costa do Marfim recusam a mediação da África do Sul. O caminho da paz torna-se cada vez mais tortuoso e difícil.
Os rebeldes da Costa do Marfim recusam a mediação da África do Sul. O caminho da paz torna-se cada vez mais tortuoso e difícil. O presidente sul-africano Thabo Mbeki foi escolhido como mediador pela União africana (Ua) há um ano, numa tentativade resolver a crise da Costa do Marfim, onde os rebeldes há quase três anos controlam o norte do país.
Para ovice-ministro do exterior sul-africano aziz Pahadeles estão a bloquear o processo de paz.
Por sua vez os rebeldes afirmam que os sul-africanos não entenderam o país, apesar dos nove meses de trabalho conjunto, acusando-os de falta de independência e de vender armas ao presidente Laurent Gbagbo, violando o embargo das Nações Unidas (ONU).
Depois de apelarem, no seu comunicado, ao presidente da Nigéria e da Ua, Olusegun Obasanjo, para avançar com o projecto de paz, afirmam queé urgenteresolver a questão dodocumento de identidade. Muitos habitantes do norte da Costa do Marfim não têm um documento que prove a sua nacionalidade.
Recorde-se que os rebeldes e a oposiçãocontestam a reforma constitucional sobre as leis de identificação, de nacionalidade e a lei eleitoral, reforma que teve o apoio do mediador sul-africano.
Os rebeldes recusam depor as armas até que as numerosas milícias, que apoiam o presidente Gbagbo, sejam desarmadas e exigem que a reforma constitucional satisfaça as suas exigências.