Organização ecologista está a promover uma ação para lembrar aos políticos os compromissos que assumiram na Política Pesqueira Comunitária. a campanha inclui propostas para criar mais de 60 mil novos empregos e aumentar os benefí­cios financeiros
Organização ecologista está a promover uma ação para lembrar aos políticos os compromissos que assumiram na Política Pesqueira Comunitária. a campanha inclui propostas para criar mais de 60 mil novos empregos e aumentar os benefí­cios financeirosMemória de peixe é o nome dado pela organização ecologista Greenpeace à campanha lançada terça-feira, 18 de março, com o objectivo de alertar os políticos para que não se esqueçam dos compromissos assumidos na Política Pesqueira Comunitária. a iniciativa inclui uma série de propostas para a criação de mais de 60 mil novos postos de trabalho, aumento dos benefícios financeiros em quatro mil milhões de euros e melhoria do ecossistema marinho. Faltam peixes e sobram barcos, afirmou o diretor executivo da Greenpeace, Mario Rodríguez, na apresentação da campanha, manifestando a sua preocupação por os políticos sofrerem do síndrome da memória de peixe. O responsável aproveitou para reclamar aos eurodeputados atuais, e aos que forem eleitos nas próximas eleições europeias, que estabeleçam de vez um roteiro para uma gestão sustentável do setor pesqueiro, assumam o dever ético de proteger os oceanos e criem medidas para recuperar as populações de peixes. No conjunto de propostas avançadas pela organização, é pedida a mudança do sistema de distribuição de quotas pesqueiras de forma a que se entreguem a quem pesque de maneira sustentável, porque construir barcos maiores e dar-lhes subvenções não é uma boa política. Em traços gerais, a Greenpeace propõe que a Política Pesqueira Comum apoie a pesca artesanal, que com um investimento de 500 milhões de euros, recuperaria as populações de peixes, desenvolvia o turismo pesqueiro e reforçava o valor do pescado. O plano apresentado contempla também a aquicultura. Os ecologistas defendem o estabelecimento de limites a esta técnica porque a alimentação dos peixes criados em cativeiro depende do pescado selvagem, o que prejudica os oceanos. Por fim, é exigido o respeito pelos ciclos biológicos completos dos peixes, o controlo do cumprimento das quotas pesqueiras e uma fiscalização mais apertada para evitar descargas no mar que contaminem as águas.