O secretário-geral das Nações Unidas afirmou-se «honrado» por se encontrar com os três líderes religiosos da Republica Centro-africana, que Ban Ki-moon descreveu como «símbolos poderosos da longa tradição do seu país de coexistência pacífica»
O secretário-geral das Nações Unidas afirmou-se «honrado» por se encontrar com os três líderes religiosos da Republica Centro-africana, que Ban Ki-moon descreveu como «símbolos poderosos da longa tradição do seu país de coexistência pacífica»O responsável da ONU agradeceu aos líderes religiosos – monsenhor Dieudonne Nzapalainga, arcebispo católico romano de Bangui, ao imã Oumar Kobine Layama, presidente do Conselho Islâmico na República Centro-africana, e ao reverendo Nicolas Guérékoyame- Gbangou, presidente da aliança Evangélica do país – e advertiu-os que o seu legado de convivência pacífica está sob ameaça. O país tem sido devastado pela guerra desde dezembro de 2012, após ataques de rebeldes Séléka, maioritariamente muçulmanos. O conflito assumiu conotações cada vez mais sectárias, quando as milícias, de maioria cristã, conhecidas por anti-Balaka pegaram em armas para responder à Séléka. Estima-se que milhares de pessoas podem ter sido mortas e que outros 2,2 milhões, cerca de metade da população, necessitem de ajuda humanitária. Deixe-me ser claro, enfatizou Ki-moon: O conflito na República Centro-africana não é sobre religião. E o secretário-geral das Nações Unidas insistiu que as filiações religiosas e étnicas estão a ser manipuladas para fins políticos.