Prefeito da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada pede aos religiosos que lutem por uma Igreja cada vez mais de comunhão e que não troquem o carisma pela simples vontade de fazerem obra
Prefeito da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada pede aos religiosos que lutem por uma Igreja cada vez mais de comunhão e que não troquem o carisma pela simples vontade de fazerem obra

O prefeito da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e as Sociedades de Vida apostólica, João Braz de aviz, pediu aos religiosos e religiosas, esta terça-feira, em Fátima, que contribuam para uma Igreja de verdadeira comunhão e se esforcem para seguir o carisma dos fundadores, mesmo que isso obrigue a diminuir o número de obras das congregações. a Igreja tem que ser casa e escola da comunhão. Casa onde vivemos a comunhão, escola onde aprendemos a comunhão. Tem que ser uma Igreja mais próxima das pessoas, que não se escandaliza com o erro mas ajuda a resolver o erro, uma Igreja verdadeiramente família. É isso que os jovens de hoje procuram e essa Igreja que está a chegar com o Papa Francisco, afirmou o cardeal, na XXIX Semana de Estudos Sobre a Vida Consagrada. Para João Braz de aviz, é preciso ter consciência que os pontos de referência da humanidade estão a mudar, mas o caminho terá que ser o mesmo e assenta no carisma e no Evangelho. Seguir Jesus é a regra. Depois, é fundamental manter-se fiel ao espírito dos fundadores. É preciso verificar de novo todas as obras. E se estão fora do carisma, deixá-las, porque não têm a graça da fundação. Isto ajuda-nos muito a voltar à felicidade. as obras são todas elas importantes, mas se não há pessoas para levá-las para a frente, é melhor diminui-las mas manter o carisma, disse o purpurado. Num tom descontraído e bem humorado, o cardeal brasileiro considerou ainda fulcral uma maior amadurecimento humano para se lidar com as questões do celibato e da homossexualidade. Se nós iluminamos demasiado o lado místico, o carisma, e não temos em conta o problema afetivo, sexual, da vocação, corremos o risco de criar na pessoa uma tal tensão que ela não aguenta. a purificação do nosso coração, a beleza do nosso celibato, tem que se apoiar numa suficiente maturidade humana, acrescentou João Braz de aviz, na sua intervenção sobre o cuidado eclesial da Vida Consagrada.