a associação Quercus fez «soar o alarme pelo clima» em seis locais críticos da costa portuguesa, mostrando quanto o nível do mar irá subir devido às alterações climáticas
a associação Quercus fez «soar o alarme pelo clima» em seis locais críticos da costa portuguesa, mostrando quanto o nível do mar irá subir devido às alterações climáticas a Quercus – associação Nacional de Conservação da Natureza fez soar o alarme pelo clima esta quarta-feira, 26 de fevereiro, em locais críticos da costa portuguesa: Lisboa, Porto, Ílhavo, Leiria, Costa da Caparica e Faro.com esta ação, a Quercus alertou para um dos impactos mais claros das alterações climáticas, mostrando quanto o nível do mar irá subir. a iniciativa serviu também para alertar a União Europeia para a urgência de reduzir as emissões de dióxido de carbono e minimizar as consequências das alterações climáticas.
É um facto que as alterações climáticas estão aí, nós já estamos a sentir algum efeito e vamos sentir cada vez mais, afirmou Carla Graça, vice-presidente da Quercus. Estes fenómenos extremos, de tempestades, depois de secas, vão ser cada vez mais comuns e é necessário que os governos dos países desenvolvidos, da Europa e dos Estados Unidos, decidam reduzir as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, acrescentou a responsável.
De acordo com a ambientalista, as principais propostas da associação passam por uma redução de pelo menos 55 por cento das emissões de gases com efeito de estufa, por uma quota de 45 por cento na produção de energias renováveis e por um aumento de 40 por cento do aumento da eficiência energética. Vai haver um Conselho Europeu em março para discutir a estratégia contra as alterações climáticas e é necessário que Portugal e os países da União Europeia estejam de facto convencidos, convictos e que preparem a União Europeia para uma economia de baixo carbono, disse.
a proposta em discussão da Comissão Europeia aposta numa diminuição de 40 por cento das emissões de gases com efeito de estufa até 2030, tendo como referência os valores de 1990, um objetivo que, segundo os ambientalistas, não será alcançado. Esta proposta de redução das emissões de gases com efeito de estufa e o objetivo de atingir 27 por cento de energias renováveis em 2030 são considerados insuficientes pela Quercus, face à urgência de uma estratégia de combate às alterações climáticas cada vez mais visíveis.
Carla Graça recordou que, de acordo com as previsões para Portugal, as autoridades portuguesas poderão ver-se obrigadas a deixar algumas zonas costeiras, que poderão vir a ser dominadas pelo mar dentro de muito pouco tempo, pelo que considerou essencial reconhecer as zonas que vale a pena proteger e aquelas onde a única solução será mesmo deixar o mar avançar.
Estamos a falar em zonas do litoral norte. E mesmo aqui, na zona da Caparica, é preciso repensar se queremos todos estes apoios, todas estas estruturas, aqui junto ao mar. Estamos também a falar da Ria Formosa em Faro, das torres de Ofir, disse a vice-presidente da Quercus em declarações à agência Lusa. Para a Quercus, a redução do efeito de estufa exige também mais planeamento. É necessário pensar tudo isto de forma integrada, é preciso mais planeamento, concluiu a vice-presidente da Quercus.